"é Preciso Parar o Rolo Compressor do Governo", Alerta Rossoni

22/01/2007 17h46 | por Sonia Maschke / (41) 3350-4193
Em discurso nesta segunda-feira (22) na Assembléia Legislativa Rossoni disse que o texto é arrogante e desrespeitoso. Ataca a imprensa e ofende os parlamentares. Nem mesmo os deputados aliados do governo foram poupados. O texto, assinado pela Assessoria de Imprensa do Palácio Iguaçu, cita os ‘mal informados deputados da base’.“É preciso calçar este rolo compressor que embalou no governo que se encerrou em dezembro e agora, destrambelhado, quer atropelar tudo e todos que ousam divergir e criticar”, disparou Rossoni. Para o deputado, o Governo do Paraná briga com a imprensa porque esconde a verdade e só admite que seja publicada a versão oficial. O deputado alertou que a Oposição vai continuar fiscalizando, criticando e denunciando tudo aquilo que considerar errado e que possa prejudicar o povo do Paraná. “Vamos, sim, botar a boca no trombone sempre que necessário – Faremos isso não só em discursos, mas principalmente em ações.A oposição apresentou emenda supressiva à mensagem que cria os 43 cargos para tentar impedir a criação de seis com status e salário de secretário (R$ 11.915,44) - quatro assessores especiais e dois secretários especiais. A emenda foi rejeitada hoje (22). Íntegra do discurso do deputado Valdir Rossoni – Líder da Oposição na Assembléia LegislativaO governo do Estado do Paraná não poderia ter começado de forma pior este ano de 2007. Em vinte dias de exercício no novo mandato, houve uma série de demonstrações de autoritarismo que deixou perplexa a população e com claro temor do que pode acontecer nos quatro anos que restam até o fim desta administração.O governador do Estado abriu seu terceiro mandato com uma entrevista que vai entrar para a história política do Estado como a mais estapafúrdia e violenta.Naquela ocasião atacou a imprensa, os jornalistas e até o Tribunal Regional Eleitoral por conta da apertada vitória conseguida nas urnas no final do ano passado.Agora, nós, deputados, fomos convocados para um período extraordinário sem necessidade, a pedido do Executivo, onde o prato oferecido pelo Palácio Iguaçu é a criação de 43 novos cargos em comissão. Estes cargos vão custar R$ 3,4 milhões por ano ao bolso do contribuinte apenas em salários.“Coisa ínfima”, informa a Assessoria de Comunicação do Governo do Estado, em texto arrogante e violento onde atacou o jornal Gazeta do Povo e os deputados da Oposição, a quem taxaram de matraqueadores insossos.É preciso calçar este rolo compressor que embalou no governo que se encerrou em dezembro e agora, destrambelhado, quer atropelar tudo e todos que, sacrilégio!, ousam divergir e criticar.O Governo Requião não só manteve os cargos em comissão que existiam no antecessor, como criou mais quinhentos, chegando a exatos 3.402. E querem criar mais, sem explicação e sem contestação. A explicação dada oficialmente dá a medida exata da prepotência da atual administração: necessidade de Estado. Isto, tomado como justificativa de governo, pode avalizar qualquer ato tresloucado e é típico de tiranetes de plantão. Razões de Estado fizeram a ditadura militar prender, torturar e assassinar brasileiros que eram contra o regime. Brasileiros “de esquerda”, que é o lado em que o governador diz estar.A única “razão de Estado” que se vislumbra no caso destas contratações é a necessidade de abrigar e pagar regiamente aliados políticos.O Governo alega que pode fazer o que bem entender porque está com as contas em dia, rigorosamente dentro dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Todos sabemos que o que foi aplicado em Saúde e Educação pulveriza esta afirmação.O Governo do Paraná briga com a imprensa porque esconde a verdade e quer que ela publique a sua versão oficial. No ano passado, durante a campanha eleitoral, o partido a que pertence o governador tentou até censurar jornais para que não fossem publicadas as ligações espúrias entre um policial civil acusado de fazer escutas telefônicas ilegais e o núcleo do governo.Agora, é o governador que distorce a informação ao explicar que a sua TV Paraná Educativa é exemplar e a única que propõe um debate aberto sobre qualquer tema. Balela! É, sim, exemplo de como censuram opiniões contrárias. No caso das matérias referentes à criação de cargos, só foram ouvidos os deputados da base.A Secretaria de Comunicação, duto por onde jorraram milhões de reais durante os quatro anos do segundo governo de Requião, numa escandalosa campanha eleitoral disfarçada de publicidade oficial, é a mesma que cancela a assinatura de jornais para as repartições públicas, com o intuito de “economizar”. No mesmo dia em que utiliza o rolo compressor para aprovar a criação de cargos e atacar quem é contra, o governo cancela, bem entendido, assinatura de jornais que analisam e criticam os atos de governo que devem ser criticados. Sobrou o clipping, produzido com recortes de jornais que mostram apenas um lado da história, aquele pintado de cor-de-rosa.Que lógica é essa?O governo reclama de matérias contrárias e gasta dinheiro para pagar profissionais comissionados que produzem textos para impor uma opinião a qualquer custo, inclusive utilizando termos desrespeitosos que, provavelmente, nem o governador, nem seus auxiliares diretos utilizam em suas respectivas casas. Roberto Requião, pelo jeito, autoriza um “filtro” para escolher as notícias que entram no Governo, mas escancara a baixaria para as notícias que saem e desrespeitam os paranaenses.Até os parlamentares que compõem a base do governo são atacados, como no caso do tal texto da assessoria de comunicação sobre a criação dos novos cargos, onde os deputados são taxados de “mal informados”.Isso é apenas o reflexo da filosofia autoritária implantada a ferro e fogo pelo governador. Este governo tenta reduzir a quase nada a participação dos parlamentares. Exige que apenas votem a favor, não importando o assunto.O Governo do Paraná precisa entender que todos queremos trabalhar e exigimos respeito. E precisa ter claro que nós, da Oposição, vamoscontinuar fiscalizando, criticando e denunciando tudo aquilo que acharmos errado e que prejudique o povo do Paraná.Vamos, sim, botar a boca no trombone sempre que necessário – Faremos isso não só em discursos, mas principalmente em ações. Senhores, o Governo do Paraná parece viver de arroubos. No início da gestão passada, para impressionar, o governador publicou decreto obrigando os órgãos do governo a darem respostas aos parlamentares desta casa em cinco dias. Isso nunca foi cumprido. Ficou apenas no papel porque, na prática, não é conveniente. No final do ano passado, Roberto Requião revogou o decreto. Por que prestar contas aos representantes dopovo?É, este governo terminou mal e começou muito mal.

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