Reuniões da Cpi das Falências Serão Realizadas Em Cascavel e Foz

12/04/2011 19h02 | por Nádia Fontana
A CPI das Falências e Concordatas da Assembleia Legislativa será instalada na quinta-feira (14) na Câmara Municipal de Cascavel, às 10h, e na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, às 18h. Em Cascavel, até o momento, duas empresas estão na agenda da comissão: a madeireira GVN e a Ovelpar (madeireira e fazendas). De acordo com o deputado Fábio Camargo (PTB), presidente da CPI – que na sessão de hoje (12) convidou os parlamentares, lideranças e todos os cidadãos para que participem das reuniões – levantamentos preliminares revelam que os dois empreendimentos deixaram um rombo de aproximadamente R$ 130 milhões para os cofres públicos, credores e funcionários.
Em Foz do Iguaçu a investigação envolve a massa falida da Santa Casa Monsenhor Guilherme. Cerca de 600 funcionários e credores esperam a quitação de rescisões trabalhistas e de pagamentos diversos, desde o fechamento do hospital, em 2006. A CPI das Falências e Concordatas iniciou seu trabalho em 28 de fevereiro, em Curitiba. Depois passou por Araucária e Maringá. Ainda deve ser instalada em Paranaguá, Londrina e Ponta Grossa. O objetivo é recolher informações de como as massas falidas e concordatas funcionam no Paraná.
Golpes – A questão, segundo o presidente da CPI, é de interesse para toda a sociedade. “Os trabalhos visam auxiliar na elucidação de verdadeiros golpes aplicados no Estado, cujo impacto afeta trabalhadores e a arrecadação, uma vez que as empresas, ao terem decretada falência, deixam ativos e passivo substanciais”, alertou. O parlamentar conta que nas três primeiras audiências estranhou a forma como algumas grandes massas falidas e recuperações judiciais são administradas: “Estamos recolhendo informações e cada vez mais temos a certeza de que existe uma quadrilha montada no intuito de se apropriar das principais falências no estado do Paraná, administrando bilhões de reais na Capital e Região Metropolitana de Curitiba e milhões de reais em diversos municípios do estado", afirmou. 
Ele se refere à família de advogados Zanon Simão. Em Araucária, eles administram a Megacred. Falida em 2004, a instituição financeira deixou mais de 4.500 credores sem pagamento até hoje. Em Foz do Iguaçu, as informações revelam, novamente, que os Zanon Simão administram a massa falida do Hospital Santa Casa e do Sindicato dos Servidores Públicos de Foz do Iguaçu (SISMUFI). “As principais falências do Estado do Paraná estão na mão de uma família. Isso é um contra-senso, uma vez que administrar uma falência grande requer muita dedicação e não dá para administrar várias de uma só vez", explicou Camargo.
Comissão – A CPI é integrada pelos deputados Nelson Luersen (PDT), Ademir Bier (PMDB), Nereu Moura (PMDB), Nelson Garcia (PSDB), Mauro Moraes (PSDB), Pedro Lupion (DEM), Gilberto Ribeiro (bloco PSB, PSC, PRB), Péricles de Mello (PT) e Douglas Fabrício (bloco PPS/PMN). Os trabalhos da CPI são acompanhados pelo especialista em falências Jorge Augusto Derviche. O resultado da investigação será repassado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ). Os trabalhos da CPI devem durar 120 dias, podendo ser estendidos por mais 90. Ainda assim, o tempo pode ser estendido, com autorização judicial.

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