Secretário de Segurança Debate Com Deputados Plano de Governo Para Redução da Violência

17/05/2011 17h28 | por Nádia Fontana

Créditos: Nádia Fontana

“O diagnóstico é preocupante porque o Paraná, nos últimos quinze anos, não fez a lição de casa em termos de segurança pública,” declarou hoje (17) o secretário Reinaldo de Almeida César, da Segurança Pública do Estado, durante reunião da Comissão de Segurança na Assembleia Legislativa. O secretário esteve na Casa de Leis participando de um debate sobre o plano de governo para a área da segurança pública e a redução dos índices de violência no Paraná.
César lamentou o que chamou de “desmantelamento” das instituições responsáveis por garantir serviços essenciais à população. Destacou sua preocupação com o reduzido efetivo das polícias civil e militar e também em relação ao descaso com que o Instituto Médico Legal (IML), Instituto de Criminalística, Instituto de Identificação e o Departamento de Trânsito (Detran) foram tratados nos últimos anos. “Isso revela, no conjunto, um quadro preocupante”, frisou.
O secretário informou que já está sendo debatido um plano para a reestruturação dos efetivos de todas as áreas da segurança pública: “Estamos comprometidos com a recomposição dessas estruturas para reduzir os índices de criminalidade”, observou. De acordo com César, durante sua gestão os índices de violência “não serão escondidos”, mas discutidos e utilizados para definir estratégias de redução da criminalidade. Ele explicou que a questão está sendo avaliada por especialistas que devem definir a melhor forma de aproveitamento desses dados.
Efetivo – Em relação à contratação de novos policiais, o secretário lembrou que o Batalhão da Fronteira, anunciado recentemente pelo governador Beto Richa, será formado por 500 homens. Já para fortalecer a corporação da PM está sendo estudada a contratação de soldados temporários, oriundos das Forças Armadas, que assumiriam funções administrativas, liberando o policial da PM para atuação em campo. E para incrementar o efetivo da polícia civil a intenção é aproveitar o pessoal aprovado em concursos ainda válidos. Paralelamente, existem projetos sendo estudados de valorização profissional e para garantir melhores condições de trabalho.
Durante a reunião, o secretário informou ainda que estão sendo analisadas as construções de cerca de 60 delegacias; a transferência de mais de 14 mil presos que estão sob a custódia da polícia civil para o sistema penitenciário; e também a implantação do boletim eletrônico de ocorrência. César afirmou que existe a possibilidade do Governo implementar o chamado “bico legal”. Ele funcionaria através de uma parceria com instituições públicas como, por exemplo, a Prefeitura de Curitiba. Outra questão comentada durante a reunião foi a necessidade de investimentos nas regiões de fronteira, especialmente em relação ao Paraguai e à Argentina. São por esses locais que entra aproximadamente 30% do contrabando comercializado no Brasil.
Sociedade – O deputado Ademir Bier (PSDB) alertou, durante o encontro, que a questão da segurança passa por uma discussão mais ampla envolvendo a desestruturação da sociedade. “Há necessidade, urgente, da recomposição dos valores”, sublinhou. Já o deputado Professor Lemos (PT) aproveitou a oportunidade para propor a criação de um Plano Estadual de Segurança Pública e fez, igualmente, um amplo relato do cenário vivenciado pelos paranaenses.
Para o deputado Mauro Moraes (PMDB), presidente da Comissão de Segurança, o encontro é uma demonstração da boa vontade do Executivo em buscar soluções definitivas para o setor. “A presença das maiores autoridades desta pasta aqui no Parlamento é um grande gesto do atual Governo. Temos certeza que com esse trabalho integrado vamos reduzir a violência que atinge todos os cidadãos, sem distinção”, acrescentou. A Comissão pretende realizar novas reuniões para debater as ações de combate à criminalidade com os diversos setores da segurança pública. As datas serão anunciadas nos próximos dias. Participaram da reunião o comandante da Polícia Militar, Marcos Teodoro Scheremeta; o delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Michelotto; diretores do Instituto de Criminalística, do IML e do Detran; e os deputados Leonaldo Paranhos (PSC), Gilberto Ribeiro (PSB), Pedro Lupion (DEM), Élio Lino Rusch (DEM) e Roberto Aciolli (PV).

Foto: Sandro do Nascimento/ Alep

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