A gravidade da situação levou o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado Ademar Traiano (PSDB), e os deputados Luiz Claudio Romanelli (PSB), 1º secretário, e Dr. Batista (PMN), presidente da Comissão de Saúde Pública, a realizarem na Assembleia nesta terça-feira (8), o 1º Seminário da Pessoa com Diabetes no País. Segundo Traiano, esse é o momento ideal para o debate sobre que políticas públicas exigem reforço e outras que são necessárias para a prevenção e o tratamento do diabetes.
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Romanelli diz que, com um evento como este, é possível conhecer de perto o quadro da diabetes no Paraná e a Assembleia pode fazer o papel de intermediação com o Governo do estado.
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O seminário na Assembleia foi feito por sugestão da médica endocrinologista Rosângela Roginski Réa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), e professora na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ela acredita que o principal foco no combate à diabete está na educação.
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Também participaram do Seminário o diretor-geral da secretaria Estadual da Saúde, Nestor Werner Júnior, a presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Paraná (COSEMS-PR), Cristiane Martins Pantaleão e a presidente a Sociedade Brasileira de Diabetes, Hermelinda Pedrosa. Ela falou sobre o tema “O diabetes no Brasil”, onde alertou: se os casos da doença vêm aumentando significativamente, o poder público precisa intensificar as ações também nessa área, assim como faz com outras patologias.
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Outros temas abordados no Seminário foram “O diabetes no Paraná”, com Ana Cristina Ravazzani de Almeida Faria (SESA); “O diabetes no município de Curitiba”, com Alexei Volaco (SBD Regional); “A pessoa com diabetes e as associações de portadores”, com Maria Izabel Martins (APAD).; “Ações educacionais do Hospital Pequeno Príncipe voltadas à criança com diabetes”, com Donizetti Dimer Giamberardino Filho (HPP); “Educação em diabetes para a criança no Paraná”, com Suzana Nesi França (UEP) e “Projeto de educação em diabetes no Paraná 2019”, com Denise Beheregaray Kaplan (SBD Regional).
O diabetes pode ser evitado, assim como a hipertensão e o colesterol alto, desde que hábitos saudáveis, como alimentação adequada e a prática de atividade física, sejam adotadas. O estilo de vida é um fator decisivo para o surgimento do diabetes tipo 2, responsável por aproximadamente 95% dos casos. No início, ele é praticamente assintomático, o que pode levar o problema a ser identificado apenas quando já começam a surgir as complicações. Quando o diagnóstico é precoce, é possível inclusive reverter a doença por meio da alimentação e da prática de atividade física, como lembra a doutora Hermelinda.
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Quando não tratada, o diabetes pode levar a complicações como infecções, insuficiência renal, infarto do miocárdio, derrame cerebral e doenças vasculares, até gangrena de braços e pernas. A necessidade de amputações de membros inferiores também pode ser causada pela doença. No Brasil, estimativa do Ministério da Saúde mostra que 70% das amputações de membros inferiores está relacionada à doença.