Nos anos de 2004 e 2005 o parlamentar presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito da reforma agrária. Já em 2006 uma Comissão Especial de Investigação apurou quatro invasões de terra no Paraná, entre elas a da fazenda Syngenta. “Foram quase três anos trabalhando sobre o tema. Alertamos o governo do estado para o perigo iminente envolvendo os movimentos sociais e os proprietários de terra. Era como um barril de pólvora prestes a explodir”, lembrou Rusch.No caso da Syngenta, Rusch ressalta que a fazenda não é utilizada para a produção e quase metade da área é de preservação ambiental. “A fazenda foi invadida com o intuito de impedir as pesquisas com sementes transgênicas no Estado. Lá não há produção, é um campo de experiência”, disse.“Não somos contra a reforma agrária. Mas não podemos nos esquecer do direito à propriedade. O governo não atua na reintegração de posse e os líderes desses movimentos sociais se sentem protegidos pelo governo para cometer essas invasões. Ninguém consegue imaginar o que vai acontecer e me preocupa as conseqüências das atitudes do governador”, concluiu. LíderesO líder do Democratas, deputado Plauto Miró Guimarães (DEM), disse que é necessário saber quem são os mandantes das seguidas invasões. “Os invasores sabiam que seguranças armados protegiam a fazenda. Os culpados desta tragédia são os líderes desses movimentos que deram a ordem de invasão. Afinal, com ordem de quem aconteceu a invasão que resultou em tragédia? É preciso investigar para descobrir quem está por trás das invasões”, afirmou. MilíciasO deputado Edgar Bueno (PDT) disse que é preocupante a morosidade com que o governo do estado vem tratando as invasões na Syngenta.Bueno acredita que muitos dos invasores sequer são trabalhadores rurais. “Existem muitas pessoas desempregadas que são chamadas pelo MST para participar da invasão. São iludidos, ficam sonhando com a possibilidade de conseguir um pedaço de terra”, afirmou Bueno.Bueno considera que a ausência do poder público faz com que apareçam grupos particulares para defender as propriedades, as famosas “milícias”. “Se não tem a polícia militar para defender uma propriedade, os donos das terras têm que contratar gente para defender. Essa proteção deveria ser feita pelo governo, mas isso não ocorre”, afirmou.Para o deputado, “o governo deveria se preocupar mais com as conseqüências negativas das invasões do que com questões ideológicas”. Bueno ressaltou que o governador Roberto Requião é contra os transgênicos,