“O Tribunal de Contas não quer ficar mais forte, quer apenas cumprir o seu papel constitucional”. A frase é do presidente do órgão Nestor Baptista, e foi dita na noite de ontem, na abertura da solenidade que marcou a instalação da Escola de Gestão Pública (EPG), uma instituição que tem como objetivo qualificar tanto os servidores da Corte como os gestores municipais e estaduais que ela tem a missão constitucional de fiscalizar. “A escola é um sonho antigo que só conseguimos realizar com o apoio de todos os conselheiros e foi fruto da economia que fizemos no ano passado. Uma instituição que vai ministrar cursos gratuitamente para todos os servidores”, explicou Nestor, que considera a EGP o segundo passo mais importante na história recente da instituição, a partir da aprovação, em 97, da Lei Orgânica do Tribunal de Contas pela Assembléia.Presenças Secretários, deputados e prefeitos prestigiaram a solenidade, dentre outras autoridades. Será uma das primeiras instituições de controle externo do Brasil a implantar uma estrutura com essa finalidade. O secretário da Fazenda, Heron Arzua, representou o governador Roberto Requião,na mesa principal da solenidade, que teve ainda o presidente da Assembléia Legislativa Nelson Justus, que fez a palestra inaugural da instituição; o vice-presidente do Tribunal de Justiça, Antônio Lopes de Noronha; o presidente da Câmara Municipal, João Claudio Derosso; a deputada Cida Borghetti; o procurador do MP Valério Vanhoni; o presidente do Instituto Ruy Barbosa, conselheiro Antônio Lopes Júnior (SC); o presidente das escolas do Legislativo, Florian Malenguere,o coordenador da escola , Gerson Koch. Mesmo fora da mesa, foram citados por mais de uma vez no discurso de Nestor, o ex-governador Paulo Pimentel e o conselheiro aposentado, João Feder, que foram homenageados pelo orador. Nestor Baptista idealizou a Escola de Gestão durante visitas ao interior do Estado, quando conheceu as deficiências na administração, especialmente dos pequenos municípios, na prática. O conselheiro determinou que, na etapa inicial, a instituição dê prioridade no atendimento às administrações dos pequenos e médios municípios do Estado, justamente os que enfrentam maiores dificuldades para preparar servidores para uma gestão administrativa e uma prestação de contas eficientes.Contribuição Presente à solenidade, o presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP,Moacyr Fadel Júnior, disse que o investimento do TCE em qualificação já contribuiu para que , nos últimos anos, o índice de desaprovação das contas municipais tenha caído de 70% para cerca de 40% do total. Na avaliação do assessor técnico da presidência do TCE, Duílio Bento, um dos organizadores da EGP, a instituição trará um amplo benefício na qualidade dos serviços prestados pelo Tribunal, que ampliará sua competência técnica e intelectual. Também beneficiará os servidores da Casa. “ Com a Escola de Gestão, teremos condições de oferecer um treinamento mais científico, sistematizado e metodológico ao servidor que, por sua vez, poderá utilizar o conhecimento adquirido para obter progressão de carreira, conforme estabelecem a nossa nova Lei Orgânica e o Plano de Cargos do Tribunal, em implantação”, afirmou Duílio Bento.