Trabalhadores do setor petroquímico se uniram nesta terça-feira (14) em um ato em defesa dos investimentos da Petrobras no Paraná. O evento realizado na Assembleia Legislativa do Paraná teve como objetivo conscientizar a população e os parlamentares sobre a importância da estatal para o desenvolvimento econômico e social do estado e alertar sobre a possibilidade de venda da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados em Araucária e a desativação da Usina de Xisto de São Mateus do Sul.
Segundo o deputado Tadeu Veneri (PT), há uma grande preocupação com as consequências econômicas e sociais que a venda ou fechamento das unidades pode causar.
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A Usina de Xisto de São Mateus do Sul tem capacidade instalada para o processamento de mais de cinco mil toneladas de xisto pirobetuminoso por dia, que geram produtos como óleo e gás combustível, nafta, gás liquefeito e enxofre.
Já a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Araucária começou a funcionar em 1982, foi privatizada e voltou a integrar o Sistema Petrobras em junho de 2013, quando recebeu investimentos de R$ 240 milhões. A unidade tem capacidade de produção anual de 700 mil toneladas de ureia e 475 mil toneladas de amônia. Junto com a planta do Mato Grosso do Sul, que está com as obras paralisadas por ordem judicial, as usinas poderiam produzir 80% da demanda nacional de fertilizantes nitrogenados. A unidade de Araucária também é responsável por 62% da produção do Agente Redutor Líquido Automotivo, produto essencial para reduzir a poluição ambiental emitida por veículos pesados.
O presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina, Mario Alberto Dal Zot, afirmou que cinco mil empregos direitos estão ameaçados e que os paranaenses precisam despertar para evitar o desperdício das riquezas do estado.
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Para Veneri, é necessária a ação política para garantir a manutenção do patrimônio da Petrobras.
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Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Kharina Guimarães.