O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB), falou em entrevista coletiva antes da sessão plenária desta segunda-feira (4) sobre a operação policial realizada nos arredores da Casa, na última quarta-feira (29), que garantiu a votação e a aprovação do projeto de lei nº 252/2015, do Poder Executivo, que determina ajustes no sistema previdenciário estadual. Traiano lamentou os fatos ocorridos, mas ressaltou que a Casa apenas cumpriu uma decisão judicial, que determinava o reforço da segurança para a realização da sessão.
“Nós deputados nunca gostaríamos de ver a Assembleia Legislativa toda cercada por policiais. É importante que se diga, mais uma vez, que esta foi uma decisão judicial e não da Presidência da Casa. O nosso pleito foi apenas no sentido da proteção do patrimônio público, da instituição do Poder Legislativo e da integridade física dos parlamentares. A partir de agora é preciso agir com a razão. É oportuno que, tanto oposição, quanto parlamentares da situação, o governo e os movimentos sociais, distensionem esse momento. Deve prevalecer a partir de agora o entendimento e o diálogo, para que não venhamos mais a ter fatos como estes que ocorreram recentemente”, disse Traiano.
O 1º secretário da Casa, deputado Plauto Miró (DEM), também lamentou as cenas de confronto ocorridas do lado de fora da Assembleia e afirmou que a decisão judicial que determinou o reforço na segurança fez com que o Poder Legislativo do Paraná cumprisse sua função. “Vi com tristeza os acontecimentos. A Assembleia, preservando a votação dos projetos dentro de um processo democrático, encaminhou à Justiça pra que ela pudesse manifestar-se, para que o Poder Legislativo pudesse funcionar. Com base em uma decisão judicial, tivemos a Assembleia preservada e a Secretaria de Segurança Pública acabou fazendo uma ação para proteger o Poder e, naturalmente, poder ser deliberado e votado o projeto da PARANAPREVIDÊNCIA. Ninguém quer ver a ação que vimos na semana passada, na qual os manifestantes acabaram entrando em confronto com os policiais militares. Infelizmente aconteceu de pessoas ficarem machucadas, mas o Poder Legislativo estadual tem que cumprir a sua função”, argumentou.
O líder do Governo na Assembleia, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), disse que as cenas registradas do lado de fora da Casa fugiram completamente da expectativa de todos os envolvidos no processo de votação do projeto de lei 252/2015. “Obviamente, ninguém desejava que a Assembleia pudesse ser novamente invadida e ocupada. Agora, impensável e imprevisível foi a utilização de um excesso contra os manifestantes. Foi completamente descabido o volume de bombas e balas de borracha lançadas pela polícia”, conclui.
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