Em pronunciamento na sessão plenária desta quarta-feira (12), a deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) parabenizou o campus de Realeza da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) pela habilitação do Laboratório Coronavírus junto ao Laboratório Central do Paraná (Lacen) para diagnóstico da Covid-19. Com isso, ele passa ainda a integrar o Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde (Sislab) por atender aos critérios técnicos e de funcionamento para esse credenciamento.

Desde o dia 22 de junho deste ano, o Laboratório Coronavírus da UFFS, Campus de Realeza, vem realizando atendimento público com o objetivo de contribuir no diagnóstico da Covid-19, em parceria com a Prefeitura de Realeza, com o Rotary Club e com apoio direto da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A declaração de habilitação em si ao Lacen foi publicada menos de um mês depois do início dessas atividades, no dia 20 de julho, a partir do cumprimento dos critérios contidos no decreto nº 4261/2020, com a finalidade de agilizar as informações e, consequentemente, as respostas no enfrentamento da Covid-19.

A deputada Luciana parabenizou os representantes da instituição em seu discurso: o diretor do campus, Marcos Antônio Beal, e o coordenador técnico do Laboratório Coronavírus da UFFS, Felipi Beijamini. E pedirá à Casa que encaminhe congratulações oficiais à instituição por essa conquista. "Nos enche de orgulho o trabalho da instituição que está instalada na região Sudoeste e que tem por característica a articulação e o compromisso com o desenvolvimento regional e com o atendimento à comunidade", disse Luciana. "Em um momento tão difícil como este, por que passa a população do mundo todo, termos centros de excelência próximos, que se dedicam a cumprir seu papel em defesa da vida e da saúde do povo, é também um sinal de esperança", completou.

Segundo informações da universidade, as amostras processadas em Realeza são integradas ao Sislab e fazem parte dos bancos de dados estaduais e nacional dos sistemas de vigilância.

O Laboratório Coronavírus da UFFS/Realeza tem capacidade de processar até 100 amostras por dia. Integram a equipe de profissionais à frente desses trabalhos sete professores da UFFS, dos cursos de Ciências Biológicas, Nutrição e Medicina Veterinária; Um servidor da Prefeitura de Realeza e seis professores colaboradores de outras instituições da região Sudoeste: quatro da Unioeste de Francisco Beltrão, um da Faculdade Mater Dei de Pato Branco e um voluntário.

A Prefeitura de Realeza fornece os kits para diagnóstico e materiais de coleta, além de equipamentos de proteção individual (EPI's) e ainda coloca à disposição o trabalho de técnicos responsáveis pelo acompanhamento das ações de registro e análise. O Rotary de Realeza adquiriu para o laboratório da UFFS uma termocicladora PCR para a realização das análises, equipamento comprado com apoio também das unidades rotarianas de Santa Izabel do Oeste, Salto do Lontra e Nova Prata do Iguaçu, além da associação das senhoras rotarianas do município e da participação de empresários locais e agências bancárias de Realeza nessa colaboração. Uma segunda termocicladora utilizada pelo Laboratório Coronavírus da UFFS/Realeza foi cedida em comodato pela UFPR de Curitiba.

Em seu pronunciamento, a deputada Luciana também destacou um pedido de informações encaminhado esta semana ao governo do estado, no qual questiona o Poder Executivo sobre a execução orçamentária da pasta da Saúde no Paraná. Segundo reportagem recente do portal G1 Paraná, o estado aplicou até o momento apenas 9,6% do orçamento (da rubrica da receita corrente líquida) previsto e autorizado pelo Poder Legislativo. "Por lei, o estado deve destinar no mínimo 12% dos recursos para a Saúde. Em um ano de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, o cumprimento dessa obrigatoriedade legal se torna ainda mais necessário", afirmou Luciana.

Na semana passada, durante um debate com transmissão em tempo real, promovido pelo Sindicato das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Serviço Público da Saúde e da Previdência do Estado do Paraná (SindSaúde-PR), foi denunciado que estaria ocorrendo também uma baixa execução orçamentária no enfrentamento específico à pandemia do novo coronavírus. Abaixo, inclusive, da parca execução dos orçamentos do Ministério da Saúde (48%) e da conta específica da pandemia (46,6%) pelo governo federal. "O total dos recursos empenhados após 4,5 meses do início do isolamento social e das medidas de combate à pandemia é de apenas 32% do orçamento da Covid-19", disse na live a coordenadora-adjunta do Sindicato, Ana Cristina de Carvalho Brito.