Urologista fala sobre o Novembro Azul e a importância dos exames de prevenção do câncer de próstata Exames de rotina já reduzem em 40% as chances de morte pelo câncer. Por isso deve-se rastrear a doença, mesmo em pacientes sem sintomas.

07/11/2016 16h30 | por Eduardo Santana
Lançamento da campanha do "Novembro Azul", com pronunciamento do urologista Ari Adamy.

Lançamento da campanha do "Novembro Azul", com pronunciamento do urologista Ari Adamy.Créditos: Pedro de Oliveira/Alep

Lançamento da campanha do "Novembro Azul", com pronunciamento do urologista Ari Adamy.


A importância da prevenção do câncer de próstata foi o tema abordado pelo urologista Ary Adamy, diretor da Sociedade Brasileira de Urologia – Seção Paraná, no início da sessão plenária desta segunda-feira (7), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Utilizando a tribuna do Plenário da Casa, o médico falou sobre o início da campanha do Novembro Azul, que chama atenção para ações preventivas relativas a esse tipo de câncer, e sobre o preconceito ainda existente com relação aos exames que detectam a doença.

“O preconceito só vem quando não se tem conhecimento da importância dos métodos que existem para diagnosticar o câncer de próstata”, ressaltou Adamy. “Precisamos acabar definitivamente com esse preconceito. A partir do momento que todos os homens despertarem a consciência da importância desse exame é que teremos mais homens saudáveis no mundo”, completou o presidente da Alep, deputado Ademar Traiano (PSDB), propositor da apresentação.

Durante sua exposição, Adamy afirmou que o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum em todo o mundo, ficando atrás apenas do câncer de pulmão. No Brasil, ainda de acordo com o médico, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que 61 mil novos casos serão diagnosticados no ano de 2016.  “Para termos ideia, a região Sul do Brasil é a que tem a maior incidência de câncer de próstata. A estimativa é que nesse ano 13 mil casos serão diagnosticados na região Sul. O Paraná é o segundo estado com maior incidência de tumores de próstata em todo o país. São 95 casos para cada 100 mil habitantes, em 2016”, explicou.

Fatores de risco – De acordo com o urologista, com o aumento de expectativa de vida da população masculina em todo o Brasil, o câncer de próstata será cada vez mais recorrente, principalmente em homens com faixa etária entre 40 e 50 anos, e com maior frequência em pacientes negros. “História familiar também é um fator de risco importante. Além disso, tabagismo, alta ingestão de gordura animal e baixa ingestão de vegetais também são fatores de risco”, apontou.

Ainda segundo Adamy, os principais sintomas do câncer de próstata do tipo benigno são redução do jato urinário, dificuldades para urinar e aumento da frequência urinária. Já no estágio mais avançado, de acordo com o urologista, a doença se manifesta através de sintomas como dor na bacia, sangramento na urina e dor nas costas.

“Por isso rastreamento, investigação e prevenção são palavras importantes quando falamos de câncer de próstata. Aí chegamos ao tão falado exame de toque retal. Mas por que esse exame é tão importante? Porque através dele é possível sentir alguma alteração na próstata. Além disso, temos o exame de sangue PSA, que também identifica a doença. Fazer os exames de rotina reduz em aproximadamente 40% a chance de morte. Então é extremamente importante o rastreamento da doença, mesmo em pacientes que não apresentam sintomas”, conclui Adamy. 

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