Alta dos Juros Anula Discurso do Pt, Diz Oposição

16/03/2005 23h50 | por Carlos Souza
Deputados do PSDB e do PFL do Paraná condenaram hoje (20) a nova alta dos juros, determinada quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária, o Copom. “O aumento de meio ponto percentual, que elevou a taxa básica de juros para 18,25% ao ano, anula o discurso otimista do presidente Lula sobre o crescimento econômico e deixa o PT constrangido”, afirmou o líder da Oposição na Assembléia Legislativa, Durval Amaral (PFL).Para o líder do PSDB, Valdir Rossoni, o presidente Lula caiu numa armadilha econômica ao utilizar a taxa de juros como única política de combate à inflação. “O governo aumenta a taxa de juros para segurar a inflação, mas ao fazer isso, aumenta também a dívida pública, que passa a exigir um superávit fiscal maior, e para garantir o superávit, aumenta impostos e corta investimentos”, aponta Rossoni. “É um círculo vicioso que estrangula o desenvolvimento e sacrifica investimentos públicos.”A armadilha econômica do presidente Lula pode ser facilmente constatada no balanço de 2004. As indefinições na taxa de juros fizeram a dívida pública brasileira crescer 11% no ano passado, saltando de R$ 730 bilhões para R$ 812 bilhões.“Desconfio que o PT entrou num mato sem cachorro com essa política de juros altos”, disse o líder do PSDB. “Não dá pra prometer um ano de colheita de resultados em 2005 e continuar aumentando os juros.” A nova alta na taxa Selic foi o quinto reajuste consecutivo. Os juros vêm crescendo desde setembro do ano passado.Segundo o deputado Plauto Miró Guimarães (PFL), a única tendência na taxa de juros é a que aponta para “a descrença do empresariado na política econômica do governo”. “O governo erra feio quando tenta, de um lado segurar o consumo aumentando os juros, e de outro fazer um discurso otimista para a população brasileira”, avalia Plauto.Para o deputado Durval Amaral, o governo está “vivendo numa ilha da fantasia econômica”, sem atentar para a crise de credibilidade que espalhou nas classes produtoras. “A bomba relógio que os juros altos representam vai acabar por intimidar os investimentos privados e o crescimento econômico”, afirma Amaral. “E logo o governo vai querer aumentar a carga tributária para compensar a queda de arrecadação e poder cumprir suas metas de superávit primário para pagar os juros, aumentados por ele próprio”, acrescenta o líder da Oposição. “É tiro no pé, um atrás do outro.”

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