11/12/2008 12h14 | por Jornalista: Luana Borsari/ Divulgação/ 33504188
A Assembléia Legislativa comemorou na nesta quinta-feira (11) os 155 da Emancipação Política do Paraná. Na solenidade foram homenageados com o prêmio "Estado do Paraná" o botânico Gert Hatschbach, a enfermeira Leite e o médico Moysés Paciornick.Personalidades eleitas pela Comissão Organizadora para simbolizar a força realizadora da e o espírito de dedicação da gente paranaense. “O Paraná tem o dever de resgatar e homenagear em vida as personalidades que ajudaram a construir o nosso Estado. Estas três iluminadas pessoas são referência em suas áreas de atuação e inspiram as novas gerações”, afirmou o propositor do evento, presidente Nelson Justus.Gert Hatschbach, nascido em 1923, é botânico, cientista sênior e fundador do Museu Botânico de Curitiba. Formou-se em Química, mas ficou conhecido pela descoberta e identificação de mais de 500 espécies de plantas brasileiras, em mais de 80 expedições para coleta. Virgínia Leite é professora paranaense nascida em Irati. A sua trajetória ganhou destaque após o seu licenciamento da função de professora para apresentar-se voluntariamente à Força Expedicionária Brasileira na II Guerra Mundial, na qual integrou o corpo de enfermeiras. Ela partiu para a Itália em outubro de 1944, onde serviu nos hospitais de Livorno e de Pistóia. Por oito meses assistindo os feridos em batalha, seu trabalho foi reconhecido por autoridades militares após o seu retorno ao Brasil. Recebeu inúmeras condecorações que exaltavam seu heroísmo, força e coragem. É conhecida pelo apelido carinhoso de Santa. Atualmente, exerce atividades sociais e culturais na Legião Paranaense do Expedicionário. Já o médico Moysés Paciornick, nascido em Curitiba em 1914 e formado em 1938, tornou-se conhecido a partir da sua especialidade, a ginecologia e obstetrícia. Foi professor da Clínica Obstétrica da Faculdade de Medicina do Paraná e da Escola de Higiene e Saúde. Fundou em 1959 o Centro Paranaense de Pesquisas Médicas, instituição que se dedicava à prevenção do câncer ginecológico, do qual foi diretor. Além disso, prestou importantes serviços de prevenção às reservas indígenas do sul do país época em que colheu subsídios que levaram à defesa do parto de cócoras, a partir de 1975. Desta experiência também resultaram dois livros de sua autoria, “Aprenda a Nascer e a viver com os Índios” e “Quem Mata Índio?”. Em 1950, foi convidado pelo jornal Gazeta do Povo a publicar pequenas histórias, a maior parte ligadas ao dia-dia de sua clínica. Pertence à Academia Paranaense de Letras e à Academia Brasileira de Médicos Escritores. São títulos seus: “Mafiosos de que Cor Vocês São”, Aprenda a Envelhecer sem Ficar Velho”; “Dois Choros”; “Mafiosos de Branco”; “Erros Médicos: Conflitos Psicossociais de um Consultório Médico”; Graças a Um Soco”; Brincando de Contar Histórias, os Grine”; “Nos Trezentos Anos de Curitiba os Oitenta que Vivi”.Segundo Paciornick - que classificou o Paraná como “terra de todas as gentes” – “Tive muita sorte em ter nascido na Terra de Nilo Cairo e Victor do Amaral, que fundaram a Universidade Federal, onde por tantos anos lecionei. Deus foi generoso comigo ao conceder a oportunidade de viver numa terra onde pude observar comunidades indígenas que contribuíram com minhas práticas médicas e permitir que o filho de imigrantes de primeira geração pudesse hoje ser homenageado publicamente por este Estado”.A comissão organizadora do Programa dos 155 anos de Emancipação política do Paraná é composta pela deputada Cida Borghetti (PP), pelo deputado Felipe Lucas (PPS) e Edson Strapasson (PMDB).