17/04/2006 19h20 | por SUMAN GAERTNER
Para o autor do projeto que fixa um piso regional no Paraná, deputado Mauro Moraes (PMDB), os argumentos usados pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná – Fiep, Rodrigo Rocha Loures, para impedir sua implantação, são improcedentes. O empresário usou da tribuna, na Assembléia Legislativa para expor as razões do segmento, afirmando que o salário mínimo diferenciado no Estado, se efetivado, pode ocasionar desemprego e informalidade.Moraes rebate a hipótese aventada, ratificando a afirmativa que os Estados do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, que já adotaram um piso regional, não tiveram que enfrentar o desemprego nem a informalidade por conta disto. “Ao contrário,” garante Moraes,” houve um aquecimento flagrante no mercado. Se o trabalhador ganha mais, gasta mais, e o comércio e a indústria só podem ser beneficiados”.SindicatosPor outro lado, existe cerca de mil sindicatos que compõem as 04 Centrais Sindicais, que são favoráveis a implantação do mínimo regional. E até mesmo 40% dos empregadores ligados a Fiep, em recente pesquisa, mostraram-se partidários a criação de salário mínimo no Paraná.O piso regional, se aprovado, vai injetar mais de 16 milhões na economia do Estado e atingir cerca de 400 mil trabalhadores formais, “o que não é pouco”, na opinião do deputado Mauro Moraes, autor da proposição.Valores diferenciadosA Lei Complementar 103/2000, possibilita que os Estados fixem valores diferenciados, mas para que se viabilize o piso regional, existem algumas diferenças para as diferentes categorias.Por exemplo: os trabalhadores agropecuários e florestais recebem o menor valor que é de R$ 427,00, passando pelos domésticos, serventes, os que prestam serviços de conservação e manutenção, comerciais, industriais, áreas verdes e logradouros públicos, contínuos, auxiliar de escritório, que passarão a receber R$ 429,12; enquanto aqueles das áreas dos correios, administrativos, cabeleireiros e afins, operadores de máquinas e implementos agrícolas, lavadeiras e tintureiros, barbeiros, pecuária e exploração florestal, curtimento, preparação de alimentos e bebidas, pescadores, vendedores, turismo e hospedagem, dedetizadores, tecelões, caixas, serviço de higiene e saúde, receberão R$ 431,28. Aqueles das áreas da construção civil, despachantes, fiscais, cobradores de transporte coletivo, de minas, pedreiras e contadores, pintores, cortadores, polidores e gravadores de pedras, pedreiros, trabalhadores de fabricação de borracha e plástico e garçons terão um salário de R$ 433,44.Receberão R$ 435,61 os administradores os capatazes, encanadores, soldadores, artes gráficas, motoristas, confecção, produtos de vime e similares, instrumentos musicais, operadores de máquinas da construção civil, barman, trabalhadores de edifícios e condomínios e, finalmente, terão direito ao piso regional máximo de R$ 437,80, os trabalhadores em serviços de contabilidade e caixas, secretários, datilógrafos e estenógrafos, telefonistas e operadores de telemarketing, os da rede de energia e comunicações, compradores, representantes comerciais, mordomos e governantas, metalúrgicos e siderúrgicos, os de fabricação de cigarros e charutos, operadores de rádio e TV, sommelier, maître de hotel, ajustadores mecânicos, montadores e mecânicos de máquinas. SUMAN GAERTNERAssessoria de ImprensaDeputado Estadual Mauro MoraesFone: (41) 3350-4029imprensa@mauromoraes.com.brwww.mauromoraes.com.br