Bancadas Devem Sofrer Mudanças Para o Segundo Semestre

29/07/2005 11h16 | por Carlos Souza
Para: Editoria de Política e ColunasDistribuído em 28/07/05Jornalista: Carlos SouzaBANCADAS DEVEM SOFRER MUDANÇAS PARA O SEGUNDO SEMESTREPrestes a retomar os trabalhos legislativos após o recesso parlamentar, os deputados estaduais voltam ao Plenário da Assembléia Legislativa sem que haja nenhuma troca de partido entre os 54 representantes do Poder Legislativo. No entanto, os líderes dos partidos com representantes na Casa acreditam que até o dia 30 de setembro, prazo máximo para a descompatibilização partidária, alguns deputados possam reforçar seus partidos.Atualmente, dez partidos contam com representados na Assembléia, sendo que o PMDB detém a maior bancada com onze deputados. PSDB e PT contam com nove parlamentares cada, seguidos pelas siglas do PFL, PDT, PP e PPS, todos com quatro representantes. Completam a lista, o PL com três deputados, o PTB e o PSB com dois parlamentares. Luiz Carlos Martins que deixou o PSL e Jocelito Canto que deixou o PTB permanecem sem partido. Para o líder do PSDB na Casa, deputado Ademar Traiano, existe a possibilidade de o partido aumentar sua bancada. Nesse sentido, o partido espera pela filiação do deputado Luiz Carlos Martins, que conta ainda com o convite de outras legendas. “Também fizemos um convite a outro colega, mas ainda não podemos revelar seu nome”, diz o deputado, que também refuta a hipótese de que a sigla perca algum deputado para outro partido. “É uma chance muita remota. Não recebi nenhuma comunicação e nem houve conversas sobre o assunto dentro do partido”, acrescenta. Traiano revela ainda que o esforço maior estará concentrado na formação de alianças entre os partidos da oposição. “Além da parceria com o PFL, vamos buscar alianças com o PDT, PPS e o PL, entre outras siglas que tenham um plano de governo semelhante ao nosso”, afirma o deputadoO presidente do PMDB no Paraná e líder do governo na Assembléia, deputado Dobrandino da Silva, também admite que o partido busca reforçar seus quadros na Casa. “Nós fizemos um convite e fomos procurados por outros parlamentares. Apesar disso, só iremos anunciar seus nomes se a troca de partidos for concretizada”, atenta.Já no PT, o deputado Tadeu Veneri afirma que não há ou houve nenhuma discussão sobre o ingresso de algum parlamentar ou mesmo sobre a possibilidade de que alguém deixe a bancada do partido na Assembléia. “Nenhuma das duas hipóteses foi cogitada até o momento”, ressalta o líder. Para o segundo semestre, Veneri diz ainda que o PT deve aprofundar as discussões sobre sua posição em relação ao governo estadual. “Vamos adotar uma postura independente e votar as matérias conforme o interesse da população”, admite o deputado. CONSENSO - No PFL, o deputado Plauto Miró Guimarães afirma que a legenda não terá nenhuma perda e também não espera formalizar novos convites. “Com os quatro representantes que temos, contamos com um grande raio de ação no Estado. Ou seja, atendemos uma base eleitoral destacada de Norte a Sul e de Leste a Oeste. No entanto, se algum parlamentar manifestar o desejo de entrar para o partido, vamos avaliar essa possibilidade”, diz. “O importante é que esse membro siga os mesmos princípios do partido e que tenha a aceitação de todos”, acrescenta Miró.A mesma opinião é defendida pelo representante do PPS, deputado Ratinho Júnior. “A determinação da Executiva do partido é manter os quatro parlamentares na Casa e ampliar a bancada, se for o caso, com responsabilidade”, atenta o parlamentar. Segundo Ratinho, o partido já está planejando sua chapa visando às eleições de 2006. “O PPS não vai aceitar oportunistas. Se houver interesse de algum colega, seu nome deverá passar pela aprovação do partido e o mesmo deverá seguir o plano de governo que o PPS está planejando para o Estado”, adverte o deputado. AMPLIAÇÃO - Para o deputado Barbosa Neto (PDT), “existe uma boa perspectiva para que até o início de setembro o PDT consiga angariar mais dois nomes para a sigla”. De acordo com o líder, “o segundo semestre será o divisor de águas do mandato do governador e da atuação dos deputados, já que não haverá a oportunidade de mudar de partido posteriormente e, até porque, o governo precisa mensurar em quem poderá contar na Casa”, explica Barbosa. E no PP, que durante o primeiro semestre do ano abonou a filiação do deputado Geraldo Cartário, ex-PSL, “existe a intenção, mas não houve nenhuma discussão entre a bancada e o diretório estadual nesse sentido. Não temos nenhuma possibilidade de alguém deixar o PP, até porque somos uma bancada muito unida, mas devemos estender um ou dois convites”, assegura a líder do PP na Assembléia, deputada Cida Borghetti. Entre os deputados que já receberam o convite de filiação está o deputado Luiz Carlos Martins. “Estamos namorando o Martins”, admite Cida. Outro partido que também admite aumentar seu quadro de representantes na Casa é o PSB. Segundo o deputado Reni Pereira, já foi formulado um convite para um deputado da bancada governista. “Sua mudança partidária, no entanto, depende de alguns detalhes, como o arranjo político da base eleitoral. Já estamos com as conversas bem adiantadas e devemos fechar o acordo até o início de setembro”, detalha Reni, ressaltando que seu colega de partido, deputado José Scarpellini, não de deve deixar a legenda. ESPERA – Para o líder do PL no Parlamento, deputado Chico Noroeste, seria fundamental para o partido ampliar sua bancada. “Chegamos a comentar o assunto com os representantes do diretório estadual antes do recesso parlamentar, mas não houve nenhum êxito nos convites feitos”, diz Noroeste, sem revelar quem recebeu o convite. “No entanto, é claro que as denúncias de corrupção no Congresso Nacional devem frear alguns interesses e conversas entre os partidos. Antes de qualquer definição ou troca, tudo deverá ser esclarecido em Brasília”, afirma o deputado, lembrando que até o momento não existe a possibilidade de que algum de seus colegas deixe o PL. O deputado Luis Carlos Martins revela que está fazendo uma consulta junto a outros colegas do parlamento, filiados em partidos da oposição, para saber como ficará o quadro político a nível nacional. “Vou procurar me filiar a um partido forte e que tenha uma ideologia séria e comprometida com o desenvolvimento e a população”, admite Martins, que também espera pela definição da votação da Reforma Política, em Brasília. Já o deputado Jocelito Canto revela que recebeu um convite para ingressar no PMDB, mas vai esperar para tomar uma decisão. “Vou escolher o partido ao qual vou me filiar na hora certa. Ainda resta um bom tempo para tomar essa decisão”, diz Canto. O deputado Ailton Araújo, que integra o PTB, também espera a volta dos trabalhos legislativos para anunciar sua saída. “Vou deixar o partido e ingressar numa sigla com caráter mais independente em relação ao governo estadual. As conversas estão bem adiantadas e devo anunciar a troca de partido na próxima semana”, afirma o deputado. Com a decisão de Araújo, o PTB será representado na Casa apenas pelo deputado Carlos Simões.

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