Menos poluição, mais saúde, menos congestionamentos, mais interação, menos veículos motorizados, mais economia, menos sedentarismo, mais consciência ambiental. Esse é o contraste positivo que as bicicletas trazem. Cientes de que este meio de transporte é a solução para um trânsito marcado por frotas enormes e estruturas viárias insuficientes, os Poderes Públicos têm iniciativas para sua difusão. Ações ainda mais efetivas com a lei que institui a “Política de Mobilidade Sustentável e Incentivo ao Uso da Bicicleta no Paraná”, de autoria do deputado estadual José Carlos Schiavinato (PP).
Promover o uso do meio de transporte mais limpo e sustentável é o principal objetivo da Lei 18.780/2016. “Porque a bicicleta melhora a saúde em todos os aspectos, além de trazer benefícios para o meio ambiente e o trânsito. No Brasil ainda temos a concepção errada de que ter veículo automotor é sinônimo de ascensão social. Na Europa já há conscientização do uso dos meios alternativos, tanto que lá todas as crianças aprendem a andar, nadar e pedalar aos três anos”, justifica.
Diante da necessidade de mudar este conceito e evidenciar que esse modal se faz cada vez mais importante para a sociedade moderna no tocante a soluções para a mobilidade urbana, a lei estabelece diretrizes para a promoção de ações e projetos em favor do meio de transporte não motorizado. “São investimentos dos entes públicos em infraestrutura e ações educativas”.
Exemplo de Toledo – Toledo é exemplo no assunto. Pioneiro no Paraná em um projeto de transporte limpo, o “Toopedalando”, e com uma malha cicloviária de 41 quilômetros, projeta a ampliação de mais 14 quilômetros até 2020. “O município vem trabalhando com a cicloinclusão nos deslocamentos urbanos, tendo em vista a rede existente, promovendo assim uma opção de deslocamento para todas as pessoas”, explica a secretária de Planejamento Estratégico Maisa Carmen Kuhn Fazzolari. Pensar e executar políticas públicas voltadas à modalidade urbana sustentável são indispensáveis no entendimento da responsável. Ela revela que o município executa e tem vários projetos na área. São programas de reurbanização de vias contemplando ciclovias seguras, interligação da rede cicloviária existente com as de novos loteamentos e com o transporte público, parcerias com empresas para a criação de espaços dedicados a estacionamentos e vestiários nos locais de trabalho, passeios ciclísticos e outros.
Ações enaltecidas pelo deputado, que salienta que a aplicação da lei proposta por ele tem este viés, de fomentar projetos que garantam melhores condições aos ciclistas, mais segurança e consequentemente estimulem a população a usar mais a bicicleta. “Há que criar nas cidades um sistema que permita o pleno deslocamento por este modal”, concluiu.