CPI dos Migrantes vai propor criação de Centro de Apoio aos Migrantes, Refugiados e Apátridas Centro seria criado com articulação da Secretaria da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos e da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social.

23/08/2016 14h02 | por Eduardo Santana
CPI dos Migrantes e Refugiados 23/08/2016

CPI dos Migrantes e Refugiados 23/08/2016Créditos: Pedro de Oliveira/Alep

CPI dos Migrantes e Refugiados 23/08/2016


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Migrantes e Refugiados da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) irá propor ao Governo do Estado a criação de um Centro Estadual de Apoio aos Migrantes, Refugiados e Apátridas. A afirmação é do deputado Hussein Bakri (PSD), que é presidente da CPI. Segundo ele, após o término dos trabalhos, a comissão irá sugerir em seu relatório final que o Poder Executivo, por meio da Secretaria da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, e da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, crie uma casa de auxilio oficial que ofereça aos imigrantes serviços de emissão de documentos, aulas de português, validação de diplomas estrangeiros e encaminhamento ao mercado de trabalho.

“É preciso que o Estado monte uma estrutura, já que tem gente preparada para isso; que resolva os problemas dessas pessoas, que são, em sua grande maioria, problemas pequenos, como de saúde, educação e documentação. São entraves que afetam o dia a dia dos imigrantes e refugiados. Além disso, são problemas que, para serem resolvidos, não demandam grande desembolso de verbas. Tenho certeza que o Governo do Estado terá sensibilidade para levar adiante essa sugestão”, explicou Bakri.

A haitiana Laurette Bernardin, representante da Associação para a Solidariedade dos Haitianos no Brasil (ASHBRA), confirmou durante o encontro que a criação de uma casa de passagem é a grande demanda de imigrantes. “Quando uma pessoa faz uma viagem de doze horas, chega no Brasil e não tem para onde ir, é muito sério. Isso afeta a saúde. Além disso, a parte de documentação também precisa ser agilizada. Temos imigrantes que demoram seis meses antes de conseguir o Registro Nacional de Estrangeiro (RNE). E esse papel é fundamental para conseguir carteira de trabalho e seguir com a vida. Por isso um local para centralizar essas demandas seria muito importante”, afirmou.

Lei – O padre Simão Nasseri, da Igreja Ortodoxa São Jorge de Curitiba, é responsável pelos cuidados com 35 famílias sírias que chegaram á capital paranaense neste ano. Segundo ele, é preciso que as autoridades criem uma lei que auxilie os refugiados a obter acesso principalmente à moradia e ao mercado de trabalho. “O Brasil já fez muito bem em abrir o país e agilizar a parte de documentos. A Universidade Federal do Paraná também vem ajudando nossas famílias, principalmente na questão do idioma e da validação de diplomas. Mas precisamos de uma lei específica, que facilite o acesso dessas pessoas ao emprego e ao aluguel de imóveis. Os sírios não querem dinheiro. Os sírios querem trabalhar e ajudar o Brasil a crescer”, afirmou Nasseri.

Participantes - Também participaram da reunião os deputados Chico Brasileiro (PSD), Tercílio Turini (PPS) e Cobra Repórter (PSC), relator da CPI, e representantes do Centro de Integração Afro Brasileiro; da Pastoral do Migrante; do Instituto de Reintegração de Refugiados; da Comunidade dos Países Árabes, Sírios e Libaneses; do Centro de Apoio ao Estrangeiro no Brasil; e da Comunidade dos Migrantes Africanos.

 

 

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