Deputada Luciana Rafagnin pede o cancelamento do contrato da SEED com a UniCesumar O modelo de aulas remotas, com profissionais sem a formação específica, além de tirar o trabalho de professores capacitados, precariza a educação e desestimula os estudantes a continuarem com o ensino técnico, alerta a parlamentar.

28/03/2022 15h50 | por Assessoria parlamentar
Deputada Luciana Rafagnin (PT).

Deputada Luciana Rafagnin (PT).Créditos: Dálie Felberg/Alep

Deputada Luciana Rafagnin (PT).

Nas últimas semanas, professores e estudantes da rede pública estadual de ensino protestaram em diversas regiões do estado para denunciar a péssima qualidade dos serviços prestados no modelo de aulas remotas contratado pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEED) junto à UniCesumar para o ensino técnico. Desde o início do contrato com a instituição, aliás, as entidades de classe têm constantemente criticado o descompromisso com a educação, representado na colocação de monitores sem capacitação técnica específica para esclarecer e tirar dúvidas dos estudantes. Segundo denúncias formalizadas, inclusive junto ao Ministério Público, esse monitoramento é feito por profissionais com formação apenas no ensino médio e a impressão que passa e que desestimula os estudantes é a de que estariam ali apenas para ligar e desligar o aparelho de televisão.

Os protestos e reclamações motivaram a deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) a enviar um requerimento ao secretário de estado da Educação e do Esporte, Renato Féder, pedindo o fim desse modelo precarizado de aulas remotas e o cancelamento do contrato do Estado com a UniCesumar.

“A utilização do modelo de ensino remoto, tão necessário durante a pandemia, provocou um acentuado déficit de aprendizado nos estudantes. Muitos cursos técnicos tiveram que parar suas atividades durante esse período pela impossibilidade da realização de aulas práticas e estágios presenciais”, destaca a deputada Luciana no requerimento. “Agora, com o retorno presencial das atividades escolares, o Governo implementa um formato diferente, com aulas através de televisão e com o acompanhamento de monitores terceirizados, sem a formação acadêmica e pedagógica necessária para a realização da tarefa”, critica.

A deputada lembra também um outro agravante dessa situação, de que “monitores colocados nas salas de aula sem a exigência de formação técnica específica na área, ocupam lugares de servidores públicos capacitados e já com experiência no trabalho”. “Uma coisa é utilizar o recurso da tecnologia como complemento da aula ministrada pelo professor e outro é precarizar o ensino e desestimular os estudantes, que acabam por abandonar os estudos”, lamenta.

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