O deputado estadual Élio Rusch destacou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impôs a fidelidade partidária aos políticos detentores de mandato. Para Elio Rusch “a confirmação da interpretação do Tribunal Superior Eleitoral(TSE) é um grande alento para os partidos políticos brasileiros. Com esta medida temos certeza que as agremiações serão mais fortes e as bancadas mais representativas da vontade popular”. Rusch entende que “é preciso acabar com a instabilidade partidária no Brasil. Quem decide se um partido é situação ou oposição é o povo, nas urnas. E cabe aos políticos atender a vontade da maioria e não sair em busca de benefícios pessoais, sem respeitar qualquer limite ético, político ou ideológico”. Na opinião de Elio Rusch “é duro ver alguém ser eleito por um partido de oposição trocar de sigla, muitas vezes antes da posse, em troca de favores e de uma certa proximidade com os ocupantes do poder. Não é admissível que alguém conquiste um mandato se dizendo liberal e depois, para se aproximar de um governador ou prefeito troque de lado e vá para um partido socialista, ou trabalhista. As correntes são muito diferentes. A visão política de cada segmento é divergente em muitas questões fundamentais”. FIDELIDADE Segundo Elio Rusch “a fidelidade partidária tem dois aspectos importantes: o mandato é partidário e a bancada prevalece sobre a vontade individual. Ou agimos desta forma, ou jamais os partidos brasileiros terão algum significado ideológico. E nós do Legislativo temos que reforçar a representatividade política e não ficar procurando formas de burlar esta cláusula”. Na opinião de Rusch “o principal ganho que teremos é uma definição clara do papel dos partidos no jogo político. E quando alguém sofrer algum tipo de perseguição, ou discriminação poderá procurar a Justiça para preservar seus direitos políticos, mas a regra geral tem que ser respeitada e os políticos que se mantém fiéis a seus ideais precisam ser valorizados”. O parlamentar nota que “casuísmos, como uma janela para troca de partido, com manutenção do mandato, ou alterações de prazos de filiação partidária, são inaceitáveis. Aliás, normas assim, que atendem uma minoria, precisam ser revistas, para que, efetivamente, valha a a vontade popular. Mas a fidelidade é apenas um dos aspectos mais relevantes da ampla Reforma Política que o Brasil precisa”.