O deputado estadual Fernando Carli Filho (PSB) classificou de “vergonhoso” o reajuste de 6% para o funcionalismo público que está sendo proposto pelo governo do Estado e foi aprovado pela Comissão de Finanças da Assembleia. O parlamentar se pronunciou na sessão desta quarta-feira (6) para defender aumento de 15%, o mesmo índice aplicado pelo governo ao novo salário mínimo regional.Em aparte a discurso do deputado Douglas Fabrício (PPS), Fernando Carli Filho sustentou que há estudos comprovando que os 15% não ferem a Lei de Responsabilidade Fiscal, mantendo a folha de pagamentos dentro do limite de até 49% do orçamento estadual. Em seguida, Douglas Fabrício confirmou essa informação, citando dados do Dieese de que o comprometimento orçamentário seria no máximo de 46,05%.“Espero que o aumento do salário dos servidores seja equânime, no mínimo igual ao tributado aos empresários com novo salário mínimo regional, que foi de 15%”, disse Fernando Carli Filho. “Ofertar 6%, com o perdão da palavra, é uma vergonha”, disparou ele, lembrando que o governo não cumpre para si o que exige da iniciativa privada. A folha mensal do funcionalismo estadual hoje é de R$ 584,9 milhões e sofrerá uma majoração de R$ 35,094 milhões com a correção de 6%. Com os 15%, o acréscimo seria de R$ 87,735, mantendo-se num patamar “aceitável” pela legislação em vigor.Fora do plenário, o deputado Fernando Carli Filho recordou que o governo do Estado vem alegando constante aumento de receita e que, ao impor um novo salário mínimo, sempre defendeu a necessidade de aumentar a capacidade de compra da população. No seu caso, seriam beneficiados 249 mil servidores públicos, um considerável contingente de trabalhadores com potencial poder de consumo. “É uma questão de justiça para o servidor público estadual. Quando ele vai ao supermercado, ele paga o mesmo valor que qualquer cidadão. Se todos ganham 15%, por que só para ele precisa ser diferente” – questionou Fernando Carli Filho.