Para Editoria de PolíticaDistribuído em 11/04/2005Jornalista: Flávia PrazeresDEPUTADOS FALAM SOBRERESULTADOS DA PESQUISA DO IPEAOs deputados estaduais e as Comissões internas da Assembléia Legislativa, por meio das audiências públicas promovidas, têm levantado, constantemente, os problemas e ações envolvendo o tema da “segurança pública”. A pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que revela o grau de segurança em diversas cidades brasileiras, também causou diferentes interpretações pelos parlamentares de diversas siglas partidárias.Segundo a pesquisa divulgada recentemente pela Revista Época o Estado do Paraná tem três cidades entre as mais seguras do país. De acordo com o estudo Maringá ocupa o primeiro lugar no ranking, seguido por Curitiba, em 9º lugar e Ponta Grossa na 19ª colocação. A pesquisa foi realizada com base nos dados fornecidos pelo Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apresentou os indicadores sociais de cada município. O estudo também teve por base o índice de ocorrência de homicídios.De acordo com o deputado Luiz Nishimori (PSDB) a cidade de Maringá pode ser considerada uma cidade segura, mas também apresenta problemas de violência. “A pesquisa me deixou muito feliz, mas ao mesmo tempo preocupado, pois esta afirmativa pode dar evasão para o banditismo”, avalia. O deputado ainda citou os problemas das cidades vizinhas, como o município de Sarandi que incidem sobre a criminalidade de Maringá. O deputado Barbosa Neto (PDT) também falou sobre os índices de violência e como isso tem afetado a vida dos moradores de Londrina. Segundo Barbosa a violência é um dos maiores problemas enfrentados pela cidade, que ocorre “devido à falta de investimentos na área social não realizados em governos municipais passados”, afirma. Para ele, a solução do problema está na melhoria da segurança pública e na geração de empregos.A cidade de Curitiba é apontada como 9ª capital mais segura no ranking, o que segundo o deputado Ângelo Vanhoni (PT) pode ser uma afirmativa verdadeira, “Curitiba não exaspera violência como outras capitais, mas tem problemas de segurança”, assinala. Vanhoni disse que algumas ações podem ser tomadas para sanar os problemas com a criminalidade na capital, citando o trabalho integrado das polícias civil e militar, e a cooperação da guarda municipal.O deputado Jocelito Canto (PTB), representante da região de Ponta Grossa, disse não concordar com a colocação do município, que foi apontado como a 19ª cidade mais segura. “Eu não concordo. Ponta Grossa está abandonada e necessitando de investimentos na área de segurança. Um dos primeiros passos poderia ser o aumento do efetivo policial”, afirmou. BOX – Comissão na AL Na Assembléia Legislativa o assunto segurança é tratado pela Comissão Permanente de Segurança Pública, presidida pelo deputado Mário Bradock (PMDB) e sob a vice-presidência do deputado Barbosa Neto (PDT). Uma das ações empreendidas pela Comissão, segundo o presidente, é a reivindicação junto ao Governo do Estado para a realização de medidas de combate ao crime e a violência, tais como: combate ao tráfico de armas e o aumento de efetivo policial. “Para incentivar os policiais, temos apresentado projetos de lei que valorizam a classe”, afirma. Quanto à pesquisa realizada pelo IPEA o deputado diz que concorda que há cidades seguras no Paraná se compararmos a realidade vivida pelo Estado ao contexto nacional.