Especialistas exigem ciclovias e passagens para animais no novo modelo de pedágio

06/05/2021 15h43 | por Cláudia Ribeiro
Podcast Construção de mais ciclovias com infraestrutura de sinalização e passagem para animais silvestres foram debatidos em audiência da Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná.

Construção de mais ciclovias com infraestrutura de sinalização e passagem para animais silvestres foram debatidos em audiência da Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná.Créditos: Thais Faccio

Construção de mais ciclovias com infraestrutura de sinalização e passagem para animais silvestres foram debatidos em audiência da Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná.

Os projetos do novo modelo de pedágio elaborados pelo Ministério da Infraestrutura, por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT),  para os próximos 30 anos no Paraná preveem apenas 73 quilômetros de ciclovias dos mais de três mil  quilômetros de rodovias, atendendo a sete cidades, incluindo Curitiba, parte do litoral e do  Norte e  Sudoeste. Sendo que os lotes 3 e 5 não contam com ciclovias. Por isso, a questão da estrutura cicloviária e a estrutura para a passagem da fauna na nova concessão dos pedágios foi o tema trazido para o debate na audiência pública da Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná, realizada nesta quinta-feira (6), em sistema remoto.

O coordenador do grupo, deputado Arilson Chiorato (PT) explicou que, além das divergências já apontadas pelos 54 parlamentares, contrários ao modelo proposto, as modificações que envolvem a mobilidade são bem-vindas, afinal, o número de ciclistas, principalmente nas regiões metropolitanas, onde as bicicletas são usadas como um meio de transporte alternativo e sustentável, além da prática esportiva e de lazer, vem crescendo consideravelmente ao longo dos anos.

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A iniciativa do debate foi do deputado Goura (PDT), que também integra a Frente. E tratou de duas propostas feitas à ANTT formalizadas e em dois pontos:  segurança dos ciclistas e dos animais. Goura explicou que, como as ciclovias não fazem parte dos atuais contratos, as concessionárias não se responsabilizam, mas que no novo edital, isso pode e deve ocorrer. E, segundo ele, com total transparência.

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O deputado Evandro Araújo (PSC), que desta vez fez a apresentação do novo modelo proposto, disse que a audiência serviu para esclarecer como é importante que esse tema esteja incluído nos novos contratos.

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Representantes da sociedade também compartilharam as angústias em relação à segurança dos motoristas, ciclistas e dos animais que circulam nas rodovias paranaenses. O presidente do CREA/PR, Ricardo Rocha de Oliveira, contou que o G7, grupo do setor produtivo, com auxílio do técnico do Conselho, produziu um documento sobre a segurança dos pedestres nos novos contratos.

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Enquanto em 2020 o Paraná foi o segundo estado com mais mortes de ciclistas no país, perdendo apenas para São Paulo, no novo edital proposto pela ANTT não havia nenhuma menção a estrutura cicloviária , nem a  corredores ecológicos. Foi aí que integrantes da ONG Ciclo Iguaçu se movimentaram e fizeram mais de três mil sugestões no portal da Agência na internet, com contribuições ao novo modelo. Éder Willian Greaff, engenheiro civil e integrante do corpo técnico da ONG listou uma série de consequências, inclusive econômicas, caso ações de prevenção não estejam contempladas no edital.

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Cicloativistas de municípios do interior do Paraná e de São Paulo,  pesquisadoras, representantes do Detran e da SPVS também reforçaram a importância de se pensar o contrato pelo ponto de vista de quem utiliza os trechos urbanos das rodovias de  bicicleta e a necessidade de se observar a  passagem de Fauna, que envolve o problema do atropelamento de animais nas rodovias, com riscos para motoristas e animais. .

Explicaram que, além de degradar o meio ambiente e as áreas no entorno,  as rodovias também representam perigo para os animais, o que tem causado  redução de muitas espécies e a perda de biodiversidade. A pesquisadora Fernanda Abra, apontou, entre as saídas, fazer um diagnóstico sobre essa mortalidade e construir um plano estratégico, como a implementação das passagens inferiores e superiores de fauna; cercas para barrar a entrada dos animais na rodovia e direcionar esses animais para os pontos estratégicos.

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