18/04/2006 12h48 | por Karla Santin
As discussões sobre o salário mínimo regional proposto pelo Governo do Estado tiveram início nesta segunda-feira (17) com a participação do Presidente da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), Rodrigo da Rocha Loures, na sessão plenária da Assembléia Legislativa. De acordo com o deputado Durval Amaral (PFL), a proposta só será encaminhada para votação depois de serem ouvidas as entidades patronais e trabalhistas. O projeto de lei 002/06, que estabelece um piso regional de R$ 437, recebeu críticas do Presidente da Fiep, que declarou que “as implicações da imposição de um salário mínimo regional são muito graves caso não esteja acompanhado por políticas públicas que proporcionem ganhos de produtividade. Do jeito que está, isolada, esta medida pode trazer o desemprego, a diminuição dos lucros e o aumento da informalidade porque muitas empresas não vão suportar o aumento estabelecido”. A aprovação do salário mínimo regional, na avaliação da Fiep, pode agravar ainda mais a situação da economia paranaense, que padece com uma política nacional que conspira contra o crescimento, com altas taxas de juros, tributação excessiva e câmbio supervalorizado. Entre as políticas públicas que deveriam apoiar o novo mínimo paranaense, Rocha Loures aponta para a criação de programas educacionais que tratem sobre emprendendorismo, incentivos à interação entre as universidades e a indústria, investimentos em obras públicas, sem contar ainda, o acesso facilitado ao crédito e a diminuição da carga tributária. A aplicação dessas estratégias impulsionaria o crescimento econômico, e este, traria o aumento salarial como conseqüência natural, dispensando a criação de projetos que determinem acréscimos salariais. Karla Santin – Assessoria de imprensa3350-4127