18/03/2005 10h50 | por
Deputada quer câmeras nos hospitais e maternidades:Projeto de lei apresentado na Assembléia aumenta segurança nos estabelecimentos Deputada Arlete Caramês: não existe plano infalível, mas temos que dificultar ao máximo.Por conta do seqüestro da recém-nascida Gabriele, ocorrido na madrugada do último domingo, em Curitiba, a deputada Arlete Caramês (PPS) resolveu propor um projeto de lei na Assembléia Legislativa que visa aumentar a segurança nos hospitais e maternidades. O projeto de lei prevê a instalação de câmeras filmadoras em todos hospitais e maternidades do Estado para que uma possível ação criminosa seja filmada. Para a deputada, a instalação dos objetos aumentaria a segurança destes estabelecimentos na medida em que inibiria a ação dos criminosos e ajudaria a polícia a identificá-los. “Dizer que há um plano infalível não existe, mas a idéia é dificultar cada vez mais a ação criminosa”, comenta Arlete. Para ela, além da falta de segurança nos hospitais, as equipes que deveriam cuidar do acesso nestes locais não o fazem como deveriam. “O que vimos no seqüestro de Gabriele foi o despreparo dos seguranças”, diz a deputada. Por isso, segundo ela, vários mecanismos devem agir em conjunto para evitar casos como o de Gabriele.O projeto de lei prevê que as câmeras fiquem ligadas durante todo o período de funcionamento dos hospitais e maternidades, e deverão ser instaladas em posições estratégicas, de forma a filmar toda a movimentação interna, as áreas de entrada e saída de visitantes, pacientes e funcionários. “Já aconteceram muitos casos de raptos de bebês em hospitais e maternidades, por isso é necessário tomar uma providência”, diz a deputada. Arlete afirmou que no caso de Gabriele, a ação da polícia foi muito eficiente e rápida, mas que se por acaso houvesse a ajuda de câmeras o trabalho seria mais fácil ainda. Nos casos em que o seqüestrador pretenda levar a criança para fora do Estado ou País, segundo a deputada, as imagens feitas pelas câmeras agilizariam a prisão.Sindicatos — No começo da semana os sindicatos dos vigilantes, dos servidores da saúde e dos médicos apontaram a deficiência na segurança dos hospitais de Curitiba. Segundo João Soares, do sindicato dos vigilantes, as instituições contratam pessoas sem preparação para atuar como vigias, o que inclui treinamento e certificado pela Polícia Federal.Já o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba (Sindesc), culpou o sucateamento dos hospitais, que acabam demitindo funcionários e fragilizando ainda mais as condições de segurança. O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) também promete se engajar em uma campanha por mais segurança nos hospitais de Curitiba.