O líder do Governo na Assembléia Legislativa, deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), destacou nesta terça-feira (4), o anuncio da construção de 13 escolas indígenas no Paraná. O recurso de R$ 9,1 milhões para as obras será repassado pelo Governo Federal, através de uma parceria com a Secretaria de Estadual de Educação. “As nações indígenas do Paraná necessitam de políticas públicas emergenciais. Depois de terem ficado de fora das políticas públicas nos últimos 500 anos, O governador Requião e o presidente Lula deixam claro com essa iniciativa que as políticas públicas em curso no nosso estado e no nosso país é voltada para os menos favorecidos de nossa sociedade. Um compromisso que se concretiza com ações como essa”, disse Romanelli, autor da lei 15.759-07, que criou a bolsa-auxílio aos estudantes indígenas das universidades públicas do Paraná. A população indígena do Paraná é estimada em mais de 11 mil pessoas das etnias kaingang e guarani. Atualmente, são 3.685 alunos indígenas atendidos pela Secretaria nas 33 escolas estaduais construídas em áreas indígenas. Nelas trabalham 221 funcionários, entre professores, assistentes administrativos, zeladores e merendeiros. Desses funcionários, 200 são das próprias comunidades kaingang e guarani. Até o 2003 as poucas escolas indígenas que existiam contavam apenas com o professor. “A preservação da língua e dos costumes só foi possível através do fortalecimento da estrutura e das condições de ensino nessas comunidades”, destacou Romanelli. LEI – O deputado Romanelli é autor da lei 15.759, de 27 de dezembro de 2007, que criou a bolsa-auxílio aos estudantes indígenas das universidades públicas do Paraná. A bolsa-auxílio - conforme a proposta de Romanelli – tem o valor de um salário mínimo do início ao final do curso universitário e é acrescido de um quarto desse valor se o estudante indígena possuir família. O pagamento é automaticamente interrompido se o bolsista tiver falta não justificada superior a dez por cento das aulas do mês do benefício. Romanelli criou ainda o programa Casa da Família Indígena quando foi pela segunda vez presidente da Cohapar - Companhia Paranaense de Habitação - após perceber que aldeias indígenas haviam se transformado em favelas rurais. O projeto pioneiro no país foi premiado e serviu de exemplo para outros estados para programas semelhantes. Lideranças dos povos Kaingang e Guarani e indigenistas ajudaram a definir os projetos, que respeitam as tradições de cada povo sem deixar de lado o conforto da vida moderna. São oferecidas duas opções de projetos: um especialmente destinado à etnia guarani e outro para a kaingang.