(*) Waldyr Pugliesi Desde que começou a colonização em nosso Estado no início do século passado, muitos produtores não respeitaram o limite mínimo de derrubada das matas e levaram as plantações até as margens dos rios. Atitudes como estas comprometeram as bacias hidrográficas comprometendo a qualidade de vida não só das pessoas, mas de todo o meio ambiente. No entanto, nos últimos anos, o Governo do Estado vem demandando esforços no sentido reverter este quadro e recuperar os rios e córregos do nosso território. Vale ressaltar que a iniciativa do governador Roberto Requião está longe de devolver aos nossos recursos hídricos a condição de outrora, porém não podemos deixar de destacar que é um bom começo para reverter o quadro. Desde que começou o atual governo, em 2003, o Programa Mata Ciliar já plantou mais de 85 milhões de mudas de espécies nativas, que beneficiaram mais de 70 mil pessoas em todo o Paraná. Para garantir esta demanda de produção de mudas, foram espalhados mais de 400 viveiros em todo o Estado. Juntas, as estruturas tem capacidade para produzir mais de 20 milhões de novas árvores todos os anos. A relação de plantas é superior a 70 espécies nativas como araçá, jacarandá, aroeira, cerejeira e pitanga, plantas comuns ao nosso meio ambiente e que são fundamentais para preservação das aves e animais silvestres. O Programa de Mata Ciliar do Paraná se transformou em referência nacional na produção de mudas e recuperação ambiental. Recentemente o diretor de Planejamento de Recursos Hídricos da Bahia, Vitor Sarno e a coordenadora sócio-ambiental Ana Paula Dias, visitaram as instalações do viveiro do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em São José dos Pinhais para conhecer um pouco mais a iniciativa. De acordo com eles, o principal destaque do programa é a vontade política do governo estadual em dar condições para que o programa tenha a dimensão atual. Portanto, não é exagero dizer que hoje o Paraná tem uma política ambiental consolidada e reconhecida, que atrai representantes dos mais diversos estados e países, inclusive. Apesar das diferenças climáticas e de solo entre os dois estados, ambos concordaram que a experiência do Paraná serão facilmente adaptadas para a realidade da Bahia. No estado, segundo revelaram os técnicos, existem três biomas distintos, a caatinga, o cerrado e a mata atlântica, que predomina em todo o nosso território. Outra questão que precisa ser analisada por toda a sociedade é que não basta a ação firme do Governo do Estado no sentido de recuperar a qualidade das nossas bacias hidrográficas. É preciso que todos tenham consciência do importante papel que podem e devem desenvolver no sentido de nós termos novamente nascentes e rios com água cristalina e sem poluição. A vida agradece!(*) Waldyr Pugliesi é deputado estadual, líder do PMDB na Assembléia Legislativa e presidente do Diretório Estadual do PMDB.