Oposição Vai Vigiar Concurso da Rádio e Tv Educativa

17/03/2005 00h48 | por Carlos Souza
Os deputados que integram a bancada de oposição na Assembléia estão atentos ao convênio realizado entre o governo estadual com a Fundação da UFPR (Funpar). A dúvida foi levantada depois que a Funpar lançou edital convocando interessados para prestar concurso com o intuito de preencher 73 vagas na Rádio e Televisão Educativa (RTVE), em diversos cargos. A suspeita da Oposição é que o concurso estaria sendo realizado apenas para regularizar a situação dos funcionários, que foram contratos de forma irregular para trabalhar na RTVE.“Desde abril do ano passado o governo busca uma solução para tentar legalizar a situação de 170 funcionários contratados irregularmente. A realização de um concurso vinha sendo cobrada há tempos pela oposição e pelo Tribunal de Contas (TC), mas da forma como ele vai ser executado, nos dá a impressão de que há algo errado”, afirma o líder do PFL, deputado Plauto Miró Guimarães. “Na verdade, o governo está mascarando a exigência do TC, que pedia a realização de um concurso público”, acrescentou Guimarães.Segundo Plauto, tanto o prazo como o horário para a inscrição ocorre em curto espaço de tempo. “É difícil imaginar e aceitar que isso está certo, mesmo com a pressão do TC para regularizar a situação até o final do mês, e até porque o próprio Sindicato dos Jornalistas não foi consultado sobre o concurso e solicitou um prazo para a realização das inscrições. No entanto, o governo não atendeu a reivindicação”, disse Guimarães. As inscrições começaram ontem (18) e ainda serão feitas na próxima segunda-feira (21), das 9 às 12 horas, e das 14 às 16 horas.O deputado Élio Rusch (PFL) ressalta ainda outro problema levantado por diversos profissionais da imprensa, que chegaram a entrar em contato com os deputados da oposição, que diz respeito à documentação exigida para se inscrever no processo seletivo. “É seletivo mesmo. Segundo consta, a documentação é extensa e muitos desses documentos só seriam obtidos no prazo de cinco dias. Também há uma exigência para que o candidato comprove, com registro na Carteira de Trabalho, que atua na área há dois anos”, disse Rusch.Ainda segundo os deputados da oposição, há informações de que alguns diretores da RTVE não irão realizar o concurso, pois seriam contratados para cargos de confiança. “Vale lembrar, que em dezembro do ano passado, usando o rolo compressor, o governo conseguiu aprovar a criação de 22 cargos em comissão na RTVE”, ressaltou o líder do PFL. Ao todo, foram criados quatro cargos de diretor, sete cargos de coordenador de projetos de produção de Televisão e Rádio, oito cargos de assessor, três cargos de gerente.De acordo com Élio Rusch, a oposição estará vigilante. “Sabemos que 22 profissionais tiveram seus problemas resolvidos, mas apenas 73 novos funcionários terão a oportunidade de ganhar um enquadramento na RTVE. Ainda assim, restarão outros 75 empregados irregulares de um total de 170. É uma pena que o concurso seja realizado dessa forma, pois ele poderia garantir o fim do nepotismo também, tão divulgado pelos órgãos de imprensa, assim que foram encontradas as primeiras irregularidades no veículo estatal”, constatou Rusch.

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