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“Respeito, diálogo e tolerância” foram as palavras mais ouvidas durante o lançamento do Pacto Nacional Universitário Pelo Respeito à Diversidade, Pela Cultura da Paz e Pelos Direitos Humanos, na manhã desta quinta-feira (16) no Plenário da Assembleia Legislativa. O Paraná saiu na frente ao lançar o debate para que as universidades e as escolas sejam alcançadas. No Legislativo Estadual, foi promovido em conjunto pelas comissões de Direitos Humanos, presidida por Tadeu Venéri (PT), da Juventude, presidida por Paulo Litro (PSDB), da Ciência e Tecnologia, que tem Tercícilo Turini (PPS) como presidente, de Educação, presidida por Hussein Bakri (PSC) e de Cultura, presidida por Pèricles de Mello (PT). Para Venéri, era urgente criar uma iniciativa mais efetiva nesse sentido. Péricles avaliou que qualquer forma de não aceitar a diversidade é crime. E que para resolver essas questões sem conflitos, o Pacto pode contribuir para a disseminação da Cultura da Paz no meio acadêmico.
(Sonora)
O Pacto foi lançado em Brasília em novembro do ano passado e pretende discutir com professores e alunos formas de criar nas universidades e escolas planos de trabalhos com a filosofia de cultura de paz e de respeito à diversidade e contemplar um ou mais dos cinco eixos a serem trabalhados, que são: ensino, pesquisa, extensão, gestão ou convivência universitária e comunitária. Em âmbito nacional, é uma iniciativa conjunta dos ministérios da Educação e dos Direitos Humanos, que fazem um chamamento público às instituições. Até agora 204 já aderiram. 44 no Paraná, públicas e privadas. Cerca de 20 foram representadas no lançamento na Assembleia. Para o deputado Hussein Bakri (PSC), que presidiu a sessão, eliminar a violência e a intolerância significa garantir que o estudante possa seguir sua trajetória num ambiente saudável e a Casa de Leis também pode atuar nesse processo.
(Sonora)
O preconceito já atinge quase 100% (99,3%) do ambiente escolar brasileiro. Os números são da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). E isso vale para portadores de necessidades especiais, negros, mulheres, além da discriminação por orientação sexual. É justamente para combater essa forma de violência, que o Pacto foi lançado. Ivana de Siqueira, secretária da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), do MEC, comemorou o avanço das discussões e destacou, durante o evento, a importância do pioneirismo do Paraná no debate.
(Sonora)
A secretária especial de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, Flávia Piovesan, uma das idealizadoras do Pacto, acredita que ele pode acontecer na prática com campanhas para sensibilizar os estudantes, canais institucionais para que as pessoas possam denunciar e com a inclusão da educação em direitos humanos nos currículos das escolas e universidades.
(Sonora)
Aldo Nélson Bona, reitor da Universidade do Centro Oeste do Paraná, a Unicentro, avaliou que a universidade, hoje, é um campo de diversidade e que a violência e a discriminação neste meio precisa ser combatida.
(Sonora)
Tony Reis, diretor executivo do grupo Dignidade, pioneiro em difundir a diversidade e o respeito entre as pessoas, foi um dos incentivadores do Pacto. No lançamento, na Assembleia, participou como apoiador.
(Sonora)
Nessa condição, empresas, associações nacionais e internacionais podem ser parceiras do governo e das instituições de ensino. A adesão pode ser feita pelo Portal de Educação em Direitos Humanos do MEC, criado para orientar e apoiar a nova política tanto nas instituições como na Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério da Justiça. No endereço: www.educacaoemdireitoshumanos.mec.gov.br.
Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Cláudia Ribeiro.