Buscar no Portal ALEP
Filtrar resultados

Paraná é Modelo de Gestão Pública, Diz Upe

O Paraná é modelo de gestão pública para a UPE (União Paranaense de Estudantes) – entidade que representa 239 mil estudantes universitários do estado e que foi homenageada na última quarta-feira, 24, pela Assembléia Legislativa. Na ocasião, foi realizada a posse oficial da nova diretoria, liderada pelo estudante de Ciências Sociais, Arilton Feres, da Universidade Estadual de Maringá. O presidente da UNE (União Estadual dos Estudantes), Gustavo Lemes Petta também participou do ato.“As políticas sociais levadas pelo Governo do Estado e as bandeiras de lutas do governador Roberto Requião são exemplos para nós estudantes. O Estado é soberano, tem um governo nacionalista, voltado à participação popular como a principal indutora do seu desenvolvimento. Essas condições só são encontradas atualmente no Paraná”, apontou Thor Ferraz, vice-presidente da UPE.Para o deputado Rafael Greca, autor da homenagem, é de extrema importância a abertura da Assembléia para as lideranças jovens do movimento estudantil, “o que significa valorizar o poder do jovem para o futuro”. O deputado também fez questão de lembrar as inúmeras lideranças políticas que foram reveladas nos mais diversos movimentos estudantis no país, como o próprio governador Roberto Requião e ele mesmo. “Também é preciso lembrar as inúmeras bandeiras levantadas pela UNE e pela UPE em defesa de princípios éticos e da democracia”, ressaltou Greca.Como exemplo de políticas sociais no Paraná, o vice-presidente da UPE, Thor Ferraz citou os programas como o Leite das Crianças, Tarifa Social Básica da Sanepar e a Luz Fraterna da Copel. “São programas que formam uma rede de proteção as pessoas que mais precisam do governo”.Na educação, citou a implantação do plano de cargos e salários aos professores dos ensinos fundamental e médio, a realização do concurso público no magistério, o reajuste aos professores universitários estaduais, o aumento da média escolar de 5,0 para 6,0, a inclusão da matéria de filosofia no currículo escolar e a implantação do projeto Fera (Festival de Arte da Rede Estudantil);“Esse projeto incentiva a produção cultural entre os estudantes e professores, está percorrendo todo o estado com oficinas e atividades culturais. Há interação com as comunidades de cada região que assistem aos shows musicais e apresentações de dança e teatro”.Patrimônio público - De mais emblemático, para o dirigente da UPE, é a luta do governador Roberto Requião na defesa do patrimônio público. “Hoje podemos dizer com muito orgulho que a Copel é nossa, a Sanepar é nossa, o Porto de Paranaguá é nosso. Esse patrimônio público se manteve com os paranaenses graças a posição firme de Requião na sua defesa”, observa Ferraz.O universitário também destacou a defesa do Paraná na questão dos transgênicos, principalmente a soja transgênica. “Não podemos depender exclusivamente de uma multinacional, no caso do Monsanto. Agora, o Senado tenta quebrar a patente de um alerta feito há muito tempo pelo governador. Nós somos contra os trangênicos e contra essa dependência”.Outro ponto destacado pela UPE e que faz parte da pauta de lutas da UNE diz respeito à política econômica do governo federal que mantém as taxas de juros elevadas e aumentou o superávit primário. Ferraz assim como deputado Rafael Greca lembraram o documento “Para Mudar o Brasil”, escrito pelo economista Carlos Lessa, para referendar a posição contrária a política econômica do governo federal.“Cerca de 40% dos recursos da União têm sido usados com encargos de dívidas, restando bem menos de 5% para investimentos. Um mês de pagamento de juros corresponde ao dispêndio anual do SUS. Quinze dias correspondem ao gasto anual com educação. Dez dias, aos recursos alocados no Programa Bolsa Família. Um dia de pagamento de juros cobre o gasto previsto, no ano, na construção de casas populares. Um minuto corresponde à alocação anual de recursos com a defesa dos direitos humanos”, discursou Greca ao lembrar Carlos Lessa.“O superávit primário, no nível praticado hoje, significa que o governo retira da economia cerca de R$ 80 bilhões por ano, recolhidos do povo, para pagar parte dos juros da dívida. O primeiro efeito é produzir uma transferência de renda dos pobres (os maiores pagadores de impostos) para os ricos (que detêm os títulos da dívida)”, observou Ferraz ao repetir outro trecho do documento.Para o diretor da UPE, a posição do governador Requião é a mesma dos estudantes. “Somos contra a política econômica porque, além dela se repetir desde o governo Collor, passando por FHC, é criminosa com o povo brasileiro. Requião vem avisando Lula desde o início do seu governo”.BoxEntidade quer controlena qualidade de ensinoA UPE (União Paranaense dos Estudantes) está preocupada com o avanço da iniciativa privada no ensino superior. Junto com a UNE (União Nacional dos Estudantes), defendem uma reforma universitária que garanta o aumento de vagas nas escolas públicas de terceiro grau e a criação de conselhos de administração nas universidades privadas.“Tem que se aumentar o controle das universidades e faculdades privadas e em contrapartida, aumentar o número de vagas no ProUni (programa federal de financiamento bolsas nas escolas privadas) e também aumentar a assistência aos estudantes das universidades e faculdades públicas”, defende Thor Ferraz, vice-presidente da UPE.Ferraz defende ainda o resgate nas escolas privadas da função social do ensino superior. “As escolas privadas tem que investir na pesquisa, extensão e na interação com as comunidades. Além disso, através dos conselhos de administração, o ensino ofertado poderá ser avaliado com mais rigor e isenção”.A atual direção da UPE também defende uma integração entre o movimento estudantil e a coordenação dos movimentos sociais do Paraná. “O movimento estudantil que se destacou historicamente e que recentemente lutou pela Copel, tem que se integrar aos movimentos sociais, levar essa discussão por todo Paraná”, disse Ferraz.A UPE pretende ainda ampliar as vagas do programa de capacitação profissional que está sendo levado na sede da entidade e descentralizar as entidades nas principais regiões do Estado. “É necessário fazer um projeto de inclusão digital que atende grande parte dos estudantes que não tem acesso ao computador, a internet”, propõe Thor Ferraz.Da atual diretoria da UPE fazem parte Ariltom Feres (presidente), Delcio Casagrande (vice-presidente), Thor Ferraz (1º vice-presidente), Ivan Moares (secretário-geral), Gilson Claro (1º secretário), João Paulo Mehl (tesoureiro), Jorivan Oliveira (1º tesoureiro), Marc Emmanuel Sousa (Comunicação), Jaqueline Castro (Cultura), Ronaldo Pinto Júnior (ensino privado), Alexandre Nascimento (ensino privado), Rodrigo Rossi (ensino público), Marco Antonio Figueiredo (ensino público).
Assembleia Legislativa do Estado do Paraná © 2019 | Desenvolvido pela Diretoria de Comunicação