Paranhos, deputado que já foi boia-fria, é atração no programa "Política e Viola" deste sábado (2) Programa apresentado pela dupla Willian e Renan vai ao ar às 21h30 e revela ao público mais uma história de garra e de superação.

30/03/2016 14h30 | por Diretoria de Comunicação
Programa “Política e Viola” deste sábado (2) com deputado Paranhos (PSC)

Programa “Política e Viola” deste sábado (2) com deputado Paranhos (PSC)Créditos: Pedro de Oliveira/Alep

Programa “Política e Viola” deste sábado (2) com deputado Paranhos (PSC)


A vida do deputado Leonaldo Paranhos (PSC) tem muitas passagens que lembram enredos de sofridas músicas sertanejas. No dia em que saiu de casa, aos 16 anos, em 1982, para tentar a vida na cidade grande, sua mãe, Dona Preta, o obrigou a se ajoelhar no chão e jurar duas coisas: que nunca iria roubar, nem usar drogas. Saído da pequena Paraíso do Norte para Cascavel, na pensão onde foi morar vários companheiros usavam drogas, em especial maconha. Lembrou da promessa e resistiu à tentação. Coração de mãe não se engana.

Essa e outras revelações sobre a vida pessoal do deputado poderão ser conhecidas no programa “Política & Viola”, da TV Assembleia, apresentado pela dupla Willian & Renan, que vai ao ar neste sábado (2), às 21h30. Paranhos, que chegou nervoso ao programa, confessou que tinha relutado em comparecer ao “Política & Viola” porque tinha sido “informado” que “seria obrigado a cantar”. Quando se deu conta que o canto era opcional e que no programa só canta quem quer, relaxou e acabou cantando, emocionado, uma música que tem tudo a ver com ele: “No Dia em Que Eu Saí de Casa” (“No dia em que eu saí de casa/ Minha mãe me disse: "Filho, vem cá! ” / Passou a mão em meus cabelos/ Olhou em meus olhos/ Começou falar”).

Embora se emocione e se identifique com a música, Paranhos se dá conta que sua história pessoal é mais sofrida e dramática. Quando era muito pequeno o pai abandonou a família e ele se tornou órfão de pai vivo aos quatro anos de idade. A mãe, Dona Preta, teve de criar sozinha os três filhos homens em situação de extrema pobreza. Quando ficou um pouco maior, Paranhos foi ser boia-fria. Colheu incontáveis arrobas de algodão e abanou muito café. No dia em que saiu de casa, não podia imaginar as peripécias que o aguardavam.

Depois de escapar da armadilha das drogas dos companheiros de pensão, foi ser vendedor das Casas Pernambucanas em Cascavel. O regime de trabalho era quase militar. Os vendedores eram obrigados a cumprir uma cota de atendimentos e realizar um determinado número de vendas. Quando não cumpriam precisavam, eles mesmos, comprar na loja. Paranhos lembra que chegou a ter mais de 100 pares de meia. “Era o que tinha de mais barato para comprar”.

A experiência de vendedor fez com que começasse a distinguir o tipo de comprador. Tinha os que só faziam compras de tempos em tempos, e, quando compravam, compravam muito. Eram os mais cobiçados. Havia também aqueles que só percorriam a loja por lazer e eram temidos pelos vendedores, pois faziam o vendedor perder tempo e vendas. Um dia, Paranhos aprendeu uma lição que serviu para a vida toda.

Viu entrar um homem malvestido e com jeitão de quem não tem onde cair morto. Na cabeça soou um alarme. É fria. Disfarçou, tentou simular uma atividade qualquer para não ter de atender o cidadão. O superintendente percebeu a falseta e chamou: Paranhos! Foi lá atender o homem. “Pois não? ”. Com jeito humilde o homem disse que queria brim. Na cabeça de Paranhos, cálculos rápidos indicavam que o cliente era mesmo uma furada. Tecido para uma calça de brim: 1 metro e 20... O homem continuou: brim laranja. O desânimo de Paranhos aumentou, não vai passar de 70 centímetros de tecido. Uma venda mixuruca!

Conformado, pegou um rolo de brim laranja e perguntou o tamanho. O homem diz: mas aí não tem o suficiente. Mas como? Aqui tem pelo menos 15 metros! O homem explicou que estava fazendo compras para a Prefeitura de Toledo, traje para todos os garis da cidade, e iria precisar de, pelo menos, 800 metros! Acabou levando 818 metros de brim laranja e Paranhos fez a maior venda das Pernambucanas. Foi receber um prêmio em São Paulo e, com a receita, comprou sua primeira moto. Desde então garante que nunca mais julgou alguém pela aparência.

Tornou-se empresário e acabou descobrindo a vocação para a política. Como tudo em sua vida, nada foi fácil. Disputou oito eleições e perdeu cinco. Depois engrenou. Foi vereador, vice-prefeito de Cascavel, e está no segundo mandato como deputado estadual. A votação, sempre crescente, é vista como um reconhecimento do trabalho que realiza.

Paranhos diz que entrou na política movido pela indignação. Teve muitos motivos para se indignar, assegura. Cita o caso de um irmão que quebrou o braço e a mãe percorreu toda a rede pública procurando ajuda. Queriam amputar. Ela teve de vender quatro vacas leiteiras, fonte de renda da família, para levar o filho para a rede privada e salvar seu braço.

A saída de casa ainda adolescente, quando era o último filho que estava em casa; a promessa de joelhos para mãe são, ainda hoje, marcos em sua vida. Quando conseguiu proibir, como deputado, uma marcha da maconha, a mãe ligou e disse que podia morrer feliz depois disso.

Dá mãe, só guarda uma bronca. Um dia cobrou, meio na brincadeira:

- Por que Leonaldo em vez de Leonardo? Por acaso a senhora diz “galfo” em vez de garfo?

E a mãe:

- Eu queria que fosse um nome diferente.

A mãe se chama Faustina e também tem implicância com o nome. Prefere ser chamada de “Preta”, um apelido de infância.

A dupla sertaneja Talles & Murilo foi a convidada da vez para abrilhantar o “Política & Viola”, e os músicos impressionaram pela qualidade de suas músicas e pelo poderoso vocal.

O “Política & Viola” é parte da nova grade de programação da TV Assembleia (antiga TV Sinal) e segue a diretriz estabelecida pelo presidente da Casa, deputado Ademar Traiano (PSDB), de mostrar o lado humano dos políticos e aproximar a Assembleia da sociedade. O programa vai ao ar todos os sábados às 21h30min, pelo Canal 16, para quem assina a NET, e tem reprises no domingo e nas quintas-feiras, ao meio-dia, e também pode ser visto na internet.

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