O líder do PFL, deputado Plauto Guimarães Filho, ressaltou hoje (16) a importância do relatório da CPI da Reforma Agrária, aprovado por unanimidade na Assembléia Legislativa. “O trabalho dos parlamentares prestou um grande benefício à sociedade e ao próprio governo, que até hoje não tem uma política definida para a reforma agrária e fundiária no Estado”, lembrou Plauto.Segundo Guimarães, a CPI também serviu para mostrar alguns sérios problemas enfrentados no Campo. “Como exemplo, a CPI constatou que das 177 áreas vistoriadas, apenas quatro eram próprias para assentamento. Outra constatação da CPI foi de que não há mais terras disponíveis para desapropriação no Estado”, disse o líder do PFL.Para o deputado, embora exista a necessidade de um programa de assentamento, é preciso analisar as informações da CPI. “O relatório detalhou que cerca de 15 mil famílias foram assentadas no Estado, mas que muitas delas estão passando fome, pois a agricultura ficou em segundo plano. Ficou constatado que muitas famílias não tem vocação para a agricultura”, diz Guimarães.Também foi consenso entre os parlamentares que a idéia do MST de utilizar a reforma agrária como instrumento de justiça e desenvolvimento social foi esquecida e deixada de lado. “Cerca de 25% dos assentados no Paraná já comercializaram seus lotes para terceiros”, acrescentou o parlamentar.Plauto destacou ainda as recomendações da CPI da Reforma Agrária depois que os deputados apresentaram suas conclusões. Ao todo, foram destacadas 17 ações, que deverão ser levadas adiante pelos governos federal e estadual, pelo Ministério Público e pelo Incra. “Uma dessas ações pede que governo promova a campanha de Tolerância Zero no Estado. É preciso desarmar o campo. Só assim, será possível haver diálogo e prosseguir com uma proposta de reforma agrária no Estado”, resume o deputado.