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A janela partidária, prazo para que os parlamentares mudassem de partido sem perder o mandato, terminou na sexta-feira (18) e na Assembleia Legislativa do Paraná as mudanças, que foram muitas, mexeram Inclusive com a composição das bancadas. A maior delas agora é do PSDB e não mais do PSC. O partido, que tinha sete parlamentares, agora tem nove. São eles: Ademar Traiano, Paulo Litro, Cantora Mara Lima, Bernardo Carli, Evandro Jr. Francisco Bührer, Mauro Moraes, André Bueno, que saiu do PDT e Stephanes Jr., que saiu do PMDB e ocupa a vaga de Artagão Júnior, que foi para a Secretaria da Justiça e Cidadania.
O presidente da Casa e presidente estadual do partido, Ademar Traiano, comentou as mudanças.
(Sonora)
O PSC, que começou 2015 com 12 deputados, perdeu metade. Conta hoje com Claudia Pereira, Gilson de Souza, Evandro Araújo, Cláudio Palozi, Leonaldo Paranhos e Wilmar Reichembach. A maior parte dos parlamentares foi para o PSD. São eles: Hussein Bakri, Guto Silva, Alexandre Guimarães, Marcio Nunes e Cobra Repórter. Somando aos deputados do partido, Ney Leprevost, Chico Brasileiro e Luiz Carlos Martins, ficou com a segunda maior bancada, com oito deputados.
O PMDB encolheu na Casa. Perdeu Luiz Cláudio Romanelli, Alexandre Curi e Jonas Guimarães, que foram para o PSB. A bancada perdeu Gilberto Ribeiro, que foi para o PRB, mas manteve Tiago Amaral. O DEM ganhou mais um integrante na sigla: Missionário Ricardo Arruda, que também deixou o PSC. Na bancada do Democratas, além dele, continuam Elio Rusch, Nelson Justus, Pedro Lupion e Plauto Miró.
No PMDB permaneceram: Ademir Bier, Anibelli Neto, Nereu Moura e Requião Filho.
O PT manteve os três parlamentares: Péricles de Mello, Professor Lemos e Tadeu Veneri. O mesmo que fez o PDT, com Fernando Scanavaca, Nelson Luersen e Marcio Pauliki. No PPS, continuam Cristina Silvestri e Tercílio Turini. No PP, estão mantidos Maria Victoria e Schiavinato. No PRB. Edson Praczyk ganhou um companheiro de legenda: Gilberto Ribeiro. Marcio Pacheco continua no PPL e Rasca Rodrigues, no PV. Assim como Tião Medeiros permanece no PTB, Dr, Batista, no PMN, Adelino Ribeiro, no PSL e Felipe Francischini, no SD.
. Os novos números definem também a distribuição de vagas nas comissões permanentes e nas lideranças dos blocos. O deputado Guto Silva, que migrou para o PSD, disse que as conversas para as novas composições já começam a avançar.
(Sonora)
A janela partidária foi estabelecida em uma proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada no dia 18 de fevereiro. O prazo terminou no sábado (19), um mês depois da publicação da emenda.
A PEC permitiu que os detentores de mandato eletivo migrassem de partido sem correr o risco de perder o cargo. Antes, a resolução do TSE que tratava de fidelidade partidária permitia que os políticos mudassem sem perder o mandato apenas em situações consideradas como “justa causa”, entre elas a criação de um novo partido.
A janela, que durou um mês, vale para políticos eleitos pelo sistema proporcional, como deputados e vereadores. Senadores, presidente da República, governadores e prefeitos, por serem eleitos no sistema majoritário, podem trocar de partido quando quiserem.
A criação do prazo para troca de partido faz parte da chamada reforma política, um conjunto de medidas que tratam, entre outros temas, dos modelos de financiamento de campanha, reeleição e duração do mandato. Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Cláudia Ribeiro.