“Temos que reconhecer o enorme esforço do candidato do PT a governador em procurar ser diferente diante de uma disputa eleitoral, mas não vamos admitir que ele diga que o governador Roberto Requião não buscou alternativas para os problemas causados pela política econômica mantida pelo governo federal”, respondeu o presidente do PMDB, deputado Dobrandino da Silva, às declarações do senador Flávio Arns após a convenção que o escolheu para disputar o Palácio Iguaçu. “A única coisa certa que o senador falou foi de que houve muitas perdas para o Paraná. O senador esquece que é representante do Paraná no Congresso. Também esquece que o governador sempre apontou as alternativas para que a economia brasileira se desenvolvesse como um todo e não sangrasse os estados com impostos e juros altos”, completou Dobrandino. Desconhecimento - O deputado disse estranhar o aparente desconhecimento de Flávio Arns das políticas do Estado para compensar os prejuízos causados à agricultura pelas políticas federais deste e de governos anteriores. “Ele disse que o problema da agricultura é falta de articulação e esquece da lei Kandir, que favorece a agricultura para exportação. Isto foi um problema causado por governos anteriores que se agravou com a política cambial do governo atual”. “Não sei onde o senador estava quando o Ministério da Agricultura inventou a febre aftosa que não existia no Paraná. Nosso governo apresentou diversas alternativas, mas Brasília foi implacável e causou prejuízos a toda a economia do Estado”, disse Dobrandino ao afirmar que nunca veio a contrapartida prometida pelo governo federal aos investimentos feitos pelo Estado na vigilância sanitária. Patrimônio público - “No Porto de Paranaguá, mantivemos a gestão pública em defesa da economia paranaense e gastaríamos de ter o senador como um aliado contra os interesses escusos que foram contrariados pela moralização e modernização do nosso porto”, afirmou o deputado que questiona: “Será que o PT está do lado dos neoliberais que querem entregar o porto como tentaram entregar a Copel e a Sanepar”, questionou.Dobrandino ficou ainda mais surpreso com as declarações de Flávio Arns de que o Paraná deixou de buscar R$ 80 milhões para a Segurança Pública. “Se o PT ou o senador tiveram conhecimento desses recursos e não lutaram por eles, mostra realmente que o PT no estado é que está desarticulado no governo federal”.“O Paraná faz a sua parte na segurança pública. Ampliamos os efetivos da polícia civil e militar, compramos equipamentos, melhoramos os salários dos policiais e estamos construindo 12 penitenciárias. O senador parece desconhecer o que acontece no Paraná na área de segurança”, pontua Dobrandino.“Lembro até que a dona Zilda Arns, irmã do senador, recentemente fez a justa defesa dos programas sociais do governo Requião, como o Leite das Crianças, da criação do salário mínimo regional e do aumento dos servidores estaduais. O senador devia conversar mais com a sua irmã. Ela está mais informada”, disse.Sangria federal - O presidente do PMDB diz ainda que também não vê qualquer articulação dos petistas em Brasília na defesa dos interesses paranaenses. “Inescrupulosamente, a Secretaria do Tesouro Nacional está multando o Paraná, prejuízos que somam R$ 70 milhões em função dos títulos podres adquiridos pelo Itaú na privatização do Banestado. Não vimos um parlamentar do PT de apoiar esta luta de além de sangrar o estado, proíbe a contratação de empréstimos internacionais de US$ 60 milhões, o caso do Prodetur. Cadê o senador e os deputados federais do PT para nos apoiar nessa questão”, cobra Dobrandino. O deputado afirma ainda, que mesmo com a política econômica excludente e concentradora de renda , o Paraná nesses três anos e meio de governo Requião conseguiu quebrar o recorde nacional de geração de empregos. “Foram 320 mil em três anos e meio contra 37 mil em oito anos anteriores. Será que o senador não consegue ver as mudanças provocadas no Estado ou a ocasião eleitoral motivou suas declarações”, rebate Dobrandino.Liderança do GovernoAssembléia Legislativa do ParanáRonildo Pimentel(41) 3350-4191 ou (45) 9104-3038ronipimentel@hotmail.com