TRAIANO DIZ QUE GOVERNO REQUIÃO FAZ EXPLORAÇÃO POLÍTICA NA SAÚDEO líder do PSDB na Assembléia Legislativa, Ademar Traiano, questionou hoje (15) a exploração política da área da saúde, por parte do governo Requião, ao anunciar a construção de hospitais municipais e regionais em todo o Paraná. Traiano lembrou que, segundo dados do Sindicato dos Hospitais do Paraná, o governo Requião está atrasado em três meses no repasse de recursos para hospitais de alta complexidade. O valor estimado e não aplicado no período é de cerca de R$ 30 milhões. A alegação do Estado é que o Ministério da Saúde “não repassou os recursos”.Tendo em vista o déficit de recursos para setor, Traiano considera que promessas do governador Requião fazem parte de manobra política de período pré-eleitoral. “É estranho que os anúncios de novos hospitais sejam feitos justamente agora pelo secretário da Saúde, Cláudio Xavier, que não esconde de ninguém que pretende ser candidato a deputado federal em 2006”.Traiano apresentou um pedido de informações à Assembléia no qual solicita uma resposta detalhada da Secretaria da Saúde para as dúvidas que cercam a construção dos hospitais. Na opinião do deputado tucano, “a iniciativa seria elogiável se não houvesse risco de os hospitais ficarem sem recursos para a sua manutenção”. “Ninguém sabe quem será responsável pela manutenção desses hospitais no futuro”, alerta.Moeda de troca - O deputado José Domingos Scarpellini (PSB) endossou o pedido de Traiano ao afirmar que “só sai verba da saúde se houver prefeito que se filie ao partido do governo”. “Tal manobra se comprova se levada em conta a afirmação de Requião, feita no dia em que filiou o prefeito de Campo Largo no PMDB e prontamente anunciou que irá construir um hospital infantil naquele município”, denunciou.Traiano reforçou a afirmação de Scarpellini ao lembrar que a secretária da Educação de Campo Largo, Márcia Requião, é mulher de Maurício Requião, secretário de Educação do Paraná e irmão do governador.O deputado Ademar Traiano pediu apoio à Assembléia para que ações imediatas sejam feitas para investigar o caso, por considerar “que não existe coerência no fato de um governo que há pouco mais de um ano fechou o curso de Medicina na Universidade Estadual de Ponta Grossa venha agora querer construir 10 ou 12 hospitais no Estado”. “Peço o apoio dos senhores deputados para que a saúde pública do Paraná não enfrente os mesmos problemas que estamos vendo no Rio de Janeiro”, finalizou.Informações: (41) 350-4193Liderança da Oposição
