O Asilo São Vicente de Paulo, de Curitiba, recebeu nesta quarta-feira (10) mais uma grande doação de tampinhas plásticas. As doações foram feitas pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) que participa do Programa Tampinha Paraná. “Em fevereiro nós trouxemos o tambor para cá e todos aderiram à campanha. Para nós é uma alegria porque campanhas assim ajudam tantas pessoas que necessitam. Essa é para trocar tampinhas plásticas por fraldas geriátricas para o Asilo. E isso é muito importante porque o pessoal não tem ideia da dimensão que isso atinge, a economia que esse gesto proporciona com as tampinhas sendo trocadas por fraldas. Isso é muito importante e eu acho que todo mundo deve participar”, contou o ouvidor da Agência, Hernani Bergossi.

“A campanha é um sucesso. E cada dia mais nós temos empresas, amigos, parceiros, como a Agepar que estão participando, colaborando trazendo a sua sacolinha de casa, fazendo a coleta das tampinhas e fazendo com que a gente possa, então, levar isso, como benefício ao Asilo São Vicente”, disse o diretor-geral do Asilo, padre José Aparecido Pinto.

O impacto de ações como esta é muito grande. De acordo com o padre, o Asilo usa 20 mil fraldas por mês e destas 10 mil já são adquiridas através da troca das tampinhas. “Estamos falando de gestos simples, de preservação ambiental, de educação ambiental dentro da casa, com as crianças, a família, o ambiente de trabalho, todos envolvidos com a ação e isso tem um retorno fantástico”, completou o padre.

Para a presidente do Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado da Assembleia, Rose Traiano, ter a Agepar como parceria é uma adesão de peso a uma ação que une sustentabilidade e solidariedade. “Estou muito feliz e orgulhosa por termos a adesão da Agepar e de deles fazerem parte dessa correte do bem, dessa ação tão importante, tão significativa, onde pequenos gestos, podem fazer tanta diferença para aqueles que precisam do nosso carinho, do nosso respeito, da nossa solidariedade”, disse. “Hoje o Asilo São Vicente usa mais de 20 mil fraldas, então com a venda das tampinhas, que iriam para o lixo ou até para um descarte incorreto, poder transformar esse produto em ajuda para aquisição dessas fraldas é muito bom. Eu acredito que não tem nada mais significativo do que poder fazer parte e caminhar com essa campanha, com essa ação tão importante e significativa”, completou.

As tampinhas recolhidas são comercializadas com empresas especializadas em reciclagem e o material coletado se torna recurso financeiro destinado às entidades. No caso do Asilo São Vicente, elas estão sendo usadas para aquisição de fraldas geriátricas. A instituição atende 150 idosas e usa mais de 20 mil fradas por mês.

É lei no Paraná

A campanha de arrecadação de tampinha plásticas foi lançada no ano passado com o objetivo de incentivar instituições, legislativos municipais, associações de classe, entre outros a arrecadarem tampinhas plásticas para serem destinadas às entidades assistenciais. De lá para cá foram inúmeras arrecadações, adesões e doações, tanto que a campanha ganhou corpo e virou lei estadual.

A legislação (Lei nº 21.697/2023), dos deputados Ademar Traiano (PSD), Alexandre Curi (PSD) e deputada Maria Victoria (PP), foi idealizada pelo Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado da Assembleia e visa unir esforços de entidades públicas e privadas para promover a cultura de sustentabilidade ambiental e também de proteção às pessoas vulneráveis.

O que descartar

Além de tampinhas de garrafa pet também podem ser doados outros tipos de tampas plásticas como as usadas na cozinha (margarina, manteiga, requeijão, achocolatado, maionese, ketchup, temperos, leite, leite em pó); na área de serviço (amaciante, sabão líquido, água sanitária, álcool, desinfetante, limpa odores em geral, lustra móveis, detergente); em produtos de higiene (shampoo, condicionador, cremes de tratamento, hidratante, creme dental, acetona, sabonete líquido) e outros como de lenço umedecido, talco, pomadas, remédios, caneta e canetinhas. Na Assembleia, há coletores de arrecadação espalhados para que funcionários e colaboradores possam fazer as doações.