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Alerta Vermelho, de Vergonha, Para Agricultura Paranaense.

Os produtores paranaenses, ano após ano, vêm acumulando desilusões com sua atividade, estão vermelhos de raiva e vergonha com a política agrícola do nosso país. Historicamente quando há produção não há preço, quando há preço as condições climáticas não ajudam e a produção mal cobre os custos do plantio, e quando conseguem um raro ano de bonança, aproveitam para fazer investimentos em maquinários e na própria atividade, afinal aprenderam a ganhar dinheiro produzindo e investindo na agricultura. Definitivamente agora a paciência do setor produtivo chegou ao limite. Os agricultores têm motivos de sobra para estar desiludido e abandonar a produção, afinal de contas ficam escravizados por uma política econômica e agrícola que privilegia a especulação e importação em detrimento de quem há anos garantia as balanças comerciais brasileira, e com certeza se o governo não garantir o preço mínimo de R$ 24,00 que foi pactuado antes do plantio no ano que vêm pouquíssimos ou nenhum agricultor plantará trigo.As conseqüências serão catastróficas para a população brasileira, que precisará comer, e quem garante que o trigo importado continuará entrando no país com subsidio e financiamento no ano que vêm, quem garante que o dólar continuará nesta cotação tão comemorada, como se desconhecêssemos as conseqüências desta cotação para a agricultura e exportações brasileiras.Não é preciso nem "tirar o traseiro das cadeiras almofadadas" para saber que a falência ronda a agricultura, afinal não precisa ser "doutor" para entender os números e a realidade enfrentada no campo é aviltante, a arroba do boi há quatro anos era R$ 56,00 sem descontar o FUNRURAL, hoje é R$ 48,00 descontando o funrural, naquela época o preço do rolo do arame liso na época era R$ 24,00 hoje custa o mesmo produto R$ 230,00 a saca de Sal custava R$ 13,00, hoje custa R$ 32,00 o diesel custava na época menos de 1 real e hoje beira R$ 2,00.Neste final de semana, milhares de agricultores "tentavam" colher a safra de trigo, tentavam porque em muitos casos a umidade inviabiliza a colheita ou simplesmente condena a safra pela germinação dos grãos na planta. Se os tecnocratas forem ao campo perceberão que o trator e a colhedeira usam óleo diesel e este teve seu preço aumentado desproporcionalmente a capacidade de absorção dos produtores que confiaram no preço mínimo de compra estipulado pelo governo federal e mais uma vez plantara.Esta assembléia por ocasião da isenção de ICMS decretado pelo governo paulista amparou os produtores paranaenses, fazendo com que fosse concedido pelo Governo Paranaense medida compensatória para garantir condições mínimas de comercialização no que diz respeito ao imposto estadual.È vergonhosa a situação dos triticultores que além de não verem honrados o preço mínimo do trigo sequer tem para onde levar, pois algumas cerealista já estão recusando-se a receber o produto por não haver preço para comercialização. Esta situação é preocupante, pois esta negligência administrativa, demonstrada pela falta de informações claras também tende a contaminar outras culturas como a do milho, que além de ter o preço em queda livre o cenário para o final do ano ainda é incerto. E não há motivo para comemoração da redução de preços, pois os preços não refletem um aumento de produção e sim um desespero de liquidação para fechamento. Reni Pereira é deputado estadual (PSB-PR)www.renipereira.com.br
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