Assembléia Aprova Convocação de Diretores

10/05/2006 18h14 | por Osni Calixto
Caso Ferroeste Aprovado por unanimidade, o requerimento do Deputado José Domingos Scarpellini, convoca para a próxima terça-feira, dia 16, o secretário Rogério Tizzot, dos Transportes, o presidente da Ferroeste, Martin Roeder, e o diretor administrativo Samuel Gomes dos Santos, para esclarecerem sobre a crise de autoridade na direção da empresa estatal. Scarpellini voltou ao plenário para cobrar explicações e afirmou que “o senhor Samuel precisa explicar ao povo do Paraná o seu comportamento diante dos colegas de trabalho numa estatal e suas ofensas à funcionárias, inclusive a agressão a uma paraplégica e ao próprio presidente, um sexagenário, que não merece uma ofensa como essa (o cuspe na face)”.Enquanto falava, Scarpellini foi aparteado pelo vice-lider do governo, deputado Anibelli, que afirmou que se alguém lhe cuspisse na cara, “mesmo que fosse Jesus Cristo, levaria um soco na cara”. Scarpellini contemporizou que o presidente Martin Roeder, além de sexagenário, é um gentleman, que jamais se atracaria com um mal-educado como o senhor Samuel Gomes. Veja como se desenrola os fatos ( Um breve “dossiê” do Senhor Samuel Gomes). - Samuel Gomes dos Santos é advogado e foi indicado pelo PT para a Diretoria Administrativa, Financeira e Jurídica da Ferroeste no início do atual governo. Desligou-se do PT para se filiar, ano passado, no PMDB. É muito ligado ao secretário da Educação Mauricio Requião e faz parte do grupo político comandado por Doático Santos e Luis Cláudio Romanelli, que domina o PMDB de Curitiba. - Requião confiou a ele a tarefa jurídica de retirar do consórcio Ferropar o direito, adquirido em leilão público realizado no governo anterior, de explorar o transporte pelas linhas da Ferroeste, em razão de que aquela empresa não vinha cumprindo as metas de transportes e se encontrava, como se encontra até hoje, inadimplente com o pagamento das prestações devidas pela sub-concessão. - Das 30 ações ajuizadas contra a Ferropar, a Ferroeste perdeu 29 na Justiça. Só ganhou aquela que reconhece o direito da Ferroeste de pedir a falência da Ferropar, processo ajuizado há poucos meses e que deverá demorar anos para a sua conclusão. Isto é, na atual gestão, a Ferroeste não conseguirá retirar da Ferropar o transporte ferroviário, configurando-se uma derrota para o governo. - O diretor mente descaradamente para o governador sobre a real situação da retomada do controle do transporte pelos trilhos da Ferroeste. Na exposição que fez durante a Escola de Governo levada a efeito no dia 14 de março último, 90% do que disse não correspondem à realidade. - Costuma agir individualmente, não respeitando os demais diretores da Ferroeste, nem o próprio presidente Martin Roeder, seu superior hierárquico. Toma decisões ao arrepio do colegiado, se auto-determina em suas ações e não presta satisfações do que faz. Além disso, procura diminuir, sempre que a oportunidade se oferece, o trabalho dos companheiros de diretoria. Costuma fazer fuxico junto ao governador sobre os colegas. - É temido pelos funcionários da Ferroeste pela grosseria, falando sempre em altos brados, xingando, desrespeitando as pessoas, gritando pelos corredores. Ofendeu moralmente a mais antiga funcionária da Ferroeste, uma senhora chamada Clarice, levando-a às lágrimas. Também agrediu verbalmente a recepcionista Sandra, que é paraplégica. Abusa do veículo que o serve, deixando o motorista seguidamente sem almoço, jantar à sua espera, além de exigir que o profissional o sirva nas suas saídas noturnas. - Note-se que todos os funcionários – todos – da Ferroeste são do tempo em que se deu início à construção da ferrovia, no começo da década de 90. O presidente Martin Roeder era o diretor técnico à época, conhecendo cada metro de trilho assentado no trecho. Apenas esse diretor é neófito. (O deputado Ademar Traiano foi diretor administrativo e financeiro da Ferroeste no primeiro governo Lerner). - Pediu e conseguiu que um usuário da Ferroeste colocasse seu avião particular à disposição dele para o levar de Curitiba a Cascavel e na volta, precisando ir a Santa Catarina, conseguiu que o mesmo empresário lhe cedesse um automóvel, com motorista. Abuso de poder. - Tem fácil acesso à Agência Estadual de Notícias e à Rádio e Televisão Educativa, plantando noticias e dando entrevistas com freqüência, via de regra equivocadas e mentirosas. - Tem fluência verbal, se expressa bem, é envolvente, sabe agradar e ser simpático quando quer ou lhe interessa. Mas, ao mesmo tempo, é destemperado, truculento, perturba-se com facilidade, agride verbalmente as pessoas. Perfil, quem sabe, para ser analisado pelo psiquiatra Eduardo Requião. - Aproximou-se de entidades ligadas ao ferroviarismo, como a Associação dos Engenheiros da antiga Rede, Sindicato dos Maquinistas, Associação dos Empregados da ex-RFFSA, além do Sindicato dos Engenheiros, Instituto de Engenharia do Paraná, Crea, com a intenção de formar uma tal frente de defesa da Ferroeste, incluindo aí o ex-governador Emilio Gomes, que se deu conta de estar sendo usado para fins espúrios. - Já teve sua inscrição na OAB suspensa temporariamente. Foi denunciado de pegar dinheiro de clientes para pagamento de custas, não o fazendo. Sabe-se que a OAB está de olho nele novamente. Tem vários títulos protestados, alguns em fase de execução. - É persona non grata na Agência Nacional de Tranportes Terrestres por ter se comportado de maneira mal educada e anti-ética com o diretor jurídico da Agência. - Costuma ir a Brasília pretensamente a serviço da Ferroeste, mas com acompanhante, com quem passa o fim de semana por lá, segundo denúncia publicada na Folha de Londrina. - Pode ser encontrado ao lado do governador, onde o governador esteja. Ou seja, trata-se do velho, conhecido e desprezível “papagaio-de-pirata”, para não dizer simplesmente, um tremendo “puxa-saco”. - O fato de ter entrado em luta corporal com o diretor técnico Leopoldo Campos não surpreende por causa da maneira com que o diretor se comporta. Cansado de ser ofendido e na iminência de ser agredido, reagiu e dominou o agressor, que deu queixa na polícia desvirtuando o acontecido. - E, finalmente, a cusparada no rosto do presidente Martin Roeder, que é sexagenário, ultrapassou todos os limites do suportável, ainda mais quando no exercício de uma missão pública. Informações: Osni Calixto 041-3350-4072

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