Na manhã desta terça-feira (17), o secretário do Meio Ambiente Rasca Rodrigues veio à Assembléia Legislativa participar de uma reunião com o deputado Luiz Malucelli (PSDB), a respeito da lei que dispõe sobre a utilização de papel reciclado nos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. Sancionada recentemente pelo governador, a lei será regulamentada a partir de 8 de julho. Para o autor, deputado Malucelli, o foco da lei é o que classifica como economia de floresta. “O papel reciclado custa de 2% a 4% mais que o comum, mas tem a vantagem de poder ser reutilizado. A iniciativa sem dúvida é um legado para as gerações futuras”, ressalta. A lei foi aprovada por unanimidade pelos parlamentares. “É uma iniciativa louvável do Poder Legislativo que demonstra que a Assembléia Legislativa está em consoante com uma sociedade ávida por medidas de proteção ao meio ambiente”, disse Rasca. O Estado do Paraná é pioneiro na questão e discute a adesão de um “selo verde” ao papel que será utilizado. A discussão agora está em torno de que papel utilizar. Segundo o secretário, existem duas possibilidades. “Precisamos decidir entre o reciclato que é composto por 30% de celulose virgem e o reciclado que utiliza 100%. Os dois custam quase a mesma coisa”, afirma. Ainda segundo Rasca o processo de mudança será gradual. “Vamos estabelecer uma data a partir da qual será obrigatória a adoção integral ao papel reciclado, até porque temos um estoque que foi licitado e comprado e precisa ser utilizado”, explica. Rasca acredita que a medida contribui para uma nova cultura e mudança de hábitos. “É um passo importante para as práticas da gestão pública, que possibilita mais harmonia ambiental e ajuda a postergar a utilização de matéria prima. Além disso, cria um espaço de reflexão sobre o consumo consciente, economia de energia e água.”, disse. A inclusão social também entra no grupo de benefícios trazidos pela lei. De acordo com o secretário a quantidade de material recolhido por catadores para a reciclagem é 5 vezes maior que a recolhida pela prefeitura de Curitiba. “Os catadores de papel são os principais agentes ambientais envolvidos no processo de reciclagem e seriam beneficiados pelo aumento de demanda no setor, uma vez que o Estado é um cliente poderoso, a iniciativa desperta toda uma cadeia econômica”, garantiu.