Assessoria de Imprensa da Alep

18/11/2009 15h50 | por Adriana Ribeiro - 41 335-4188
A Comissão de Fiscalização da Assembleia Legislativa considerou frágeis e evasivas as explicações dadas pelo ex-presidente da Fundação Copel, Edílson Bertholdo, que se reuniu com os deputados, nesta quarta-feira (18). Bertholdo foi convocado para explicar porque a Fundação Copel, que tinha preferência de compra, não adquiriu as ações do Previ (fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil) do Terminal Portuário Ponta do Félix, em Antonina. A negociação aconteceu no início deste mês, com a Equiplan Consultoria Empresarial, empresa de Curitiba ligada ao operador portuário Fortesolo, de Paranaguá.Durval Amaral (DEM), que integra a Comissão de Fiscalização e foi designado relator da investigação, disse que é fraco o argumento dado por Bertholdo de que a Fundação Copel não usou seu poder de compra das ações porque a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) havia manifestado interesse na negociação. “É um argumento frágil que não vamos acreditar”, disse. Para o deputado, o depoimento de Bertholdo foi de um funcionário que não quer se comprometer com a empresa com a qual ainda mantém vínculo. Embora tenha sido exonerado a pedido do cargo de presidente da Fundação, Bertholdo é engenheiro eletricista da Companhia Paranaense de Energia, desde 1978. Durante o depoimento, Bertholdo afirmou que em nenhum momento foi comunicado pelo presidente da Copel, Rubens Ghilardi, que teria recebido a determinação do governador Requião de que a Fundação deveria comprar as ações do Previ. “Esta é uma afirmação grave”, disse Amaral.Em função disso, a Comissão de Fiscalização decidiu que convocará também Ghilardi para ser ouvido na Assembleia. O mesmo acontecerá com o Marlus Gaio, presidente do Conselho Deliberativo, órgão máximo da Fundação Copel, que teria decidido não participar da negociação. Os deputados não descartam ainda a possibilidade de ouvir o superintendente da APPA, Daniel Lúcio Oliveira de Souza. O objetivo seria entender porque a APPA não adquiriu as ações, embora tenha participado de uma reunião com a Fundação Copel no dia 27 de outubro, em Curitiba, quando manifestou interesse na negociação, e outra com a Previ, no Rio de Janeiro, no dia 3 de novembro, onde fica a sede do fundo. Bertholdo alegou que quando foi decidido que a venda não seria feita à APPA, já havia expirado o prazo para que a Fundação Copel pudesse fazer a aquisição. A Fundação tinha o direito de preferência de compra das ações por ter 20,41% das ações do terminal, o que a colocava como segunda maior acionista. O ex-presidente não informou porque a Fundação não tomou a decisão antes, já que o Previ manifestou o interesse de vender as ações em abril 2008, uma questão levantada pelo deputado Artagão Júnior (PMDB), presidente da Comissão de Fiscalização. Perguntado pelo deputado Reni Pereira (PSB) se realmente havia feito “lobby” para que as ações da Previ fossem vendidas à Equiplan, Bertholdo se defendeu dizendo que buscou melhores resultados e a valorização dos ativos da Fundação. “Todas as negociações devem seguir questões de mercado. Defendi os beneficiários da Fundação e se isso é fazer lobby, então o fiz”, disse. Para Pereira, Bertholdo “empenhou esforços” para impedir a compra das ações da Previ, em favor da Equiplan. Segundo Bertholdo, nos últimos dois anos, a Fundação Copel somou um prejuízo de R$ 12 milhões no Terminal Ponta do Félix. Ele atribui que parte desta perda é decorrência da ordem imposta pela APPA, em fevereiro de 2008, limitando a atuação do terminal. Com isso, o terminal ficou autorizado de movimentar apenas carnes congeladas e proibido de embarcar e desembarcar madeira, minérios e fertilizantes, como era previsto anteriormente. Essa determinação reduziu a movimentação no terminal, que viu o número de navios que atracam no local cair de cinco para um por mês, o que desvalorizou as ações da empresa. Bertholdo também não respondeu o questionamento do deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), que quis saber quais os nomes dos integrantes do Conselho Deliberativo que participaram de uma reunião onde foi decidido que a Fundação não iria comprar as ações do Previ. Segundo o ex-presidente da Fundação Copel, esta reunião não chegou a ser concluída, já que uma correspondência enviada pela APPA tornaria qualquer decisão inócua.Durante a reunião, Bertholdo entregou documentos, muitos deles correspondências, que serão analisados pela Comissão de Fiscalização.

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