Audiência pública debate os rumos da Ceasa Paraná

27/09/2017 14h54 | por Cláudia Ribeiro
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(Descrição do áudio))

  Ceasa,  secretaria da Agricultura, Emater, Faep, Fetaep, permissionários e sindicatos de trabalhadores rurais, além de vereadores e  secretários municipais de agricultura da região de Curitiba, participaram na manhã desta quarta-feira (27) no Plenarinho da Assembleia Legislativa, de uma audiência pública promovida pelo deputado Márcio Pauliki (PDT, que preside a Comissão de Indústria, Comércio, Emprego e Renda, em parceria com outras comissões voltados para o setor de agricultura, para discutir os rumos da Central de Abastecimento do Paraná, sugestões para o funcionamento do Mercado do Produtor em Curitiba, chamado popularmente de “pedra” e a participação dos pequenos agricultores na comercialização de seus produtos no local.

 Atualmente a unidade de Curitiba da Ceasa funciona assim: um grupo de comerciantes, vencedores de uma licitação,  atua nos boxes, vendendo os produtos hortigranjeiros,  os permissionários;   e outro grupo comercializa os produtos no Mercado do Produtor. O problema é que este grupo ocupa todo o espaço, que tem mais de 13 mil metros quadrados, de forma  permanente e os pequenos agricultores paranaenses (hoje mais de 500) aguardam na fila para poderem participar do negócio.     Há algumas regras para isso, mas que não têm sido cumpridas. Por isso, a preocupação de Pauliki, e a iniciativa de realizar a audiência para que a Assembleia possa atuar na questão.    

(Sonora)

O objetivo  é regularizar a situação e tornar o local um espaço itinerante e para que haja um rodízio entre os agricultores. Assim ninguém sai prejudicado. Quase metade das propriedades rurais do Paraná possui menos de 10 hectares e a renda dessas famílias é Inferior a dois salários mínimos/mês.  Segundo o diretor presidente a Ceasa Paraná, Natalino Avance de Souza, falta o poder público e a própria sociedade pressionar e regular essa comercialização.

(Sonora)

 Natalino fez uma exposição do que é a  Ceasa ao longo da audiência: apresentou dados que demonstram que  no passado, a unidade de Curitiba movimentou  R$ 2 bilhões e 400 milhões de reais,   quase 700 (690) mil toneladas de hortigranjeiros. 171 mil só no Mercado do Produtor. A Central de Abastecimento é  uma  empresa de economia mista vinculada à Secretaria de Agricultura. É a quarta companhia do Brasil.  Tem como funções zelar pelo abastecimento do estado e ajudar os pequenos produtores.  Ele informou que, nos últimos dois anos não se consegue mais emitir carteira de produtor, porque há dificuldades de logística na Ceasa. Não há mais espaço físico. Os recursos para manter  a empresa vêm, segundo ele, dos permissionários e dos agricultores e  a principal despesa é a  limpeza, que custa R$ 500 mil por mês.

   Otamir Martins, secretário adjunto da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, disse, durante a audiência,  que recebe diariamente solicitação de produtores que querem fazer parte da “Pedra". Por isso, ele acredita que a melhor saída seria o revezamento de produtores e se ter  um novo regramento para essa situação.

   Participaram da audiência pública também os deputados Anibelli Neto (PMDB) líder do Bloco Parlamentar da Agricultura Familiar, Rasca Rodrigues (PV), presidente da  Comissão de Meio Ambiente e Ecologia, Nélson Luérsen (PDT), coordenador  da Frente Parlamentar do Transporte de Cargas, Cláudio Palozzi (PSC), Evandro Araújo (PSC) e Delegado Recalcatti (PSD).

Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Cláudia Ribeiro. 

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