Audiência pública debate políticas de saúde para tratamento do autismo Evento realizado no Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) atendeu a uma proposição do deputado Marcio Pacheco (PPL).

02/04/2018 19h20 | por Sandra C. Pacheco
 Audiência pública para debater as políticas públicas sobre o autismo no Paraná.

Audiência pública para debater as políticas públicas sobre o autismo no Paraná.Créditos: Pedro de Oliveira/Alep

 Audiência pública para debater as políticas públicas sobre o autismo no Paraná.

Por iniciativa do deputado Marcio Pacheco (PPL) a Assembleia Legislativa do Paraná realizou audiência pública nesta segunda-feira (2), Dia Mundial de Conscientização do Autismo, para debater “Politicas Públicas sobre o Autismo no Paraná”. Mais comum em crianças do que a AIDS, o câncer e diabetes juntos, trata-se de uma síndrome complexa e ainda pouco conhecida pela medicina e pela ciência de um modo geral, que atinge quase dois milhões de brasileiros.

Participaram do evento, além do proponente e do deputado Péricles de Mello (PT), o vereador Pier Petruzziello, representando a Câmara Municipal de Curitiba; a presidente da União de Pais pelo Autismo, Thielen Gutierrez Roth; a procuradora de Justiça Rosana Beraldi Bevervanço, coordenadora do Núcleo da Pessoa com Deficiência do Ministério Público do Paraná; o coordenador do Núcleo da Infância e Juventude da Defensoria Pública, Marcelo Lucena Diniz; a chefe do Departamento de Atenção às Condições Crônicas da Secretaria de Estado da Saúde, Marcia Terezinha Steil; a coordenadora de Educação Especial da Secretaria de Educação, Denise Mattos; a professora Maria de Fátima Joaquim Minetto, coordenadora do Programa de Atenção à Criança com Risco Estabelecido ao Desenvolvimento (PRACRIANÇA), representando a Universidade Federal do Paraná; a jornalista Adriana Czelusniak e a médica neuropediatra, mestra em Autismo e Genética, Mariane Welmuth, que fez um histórico sobre a síndrome e as possibilidades de terapia existentes.

Ela chamou a atenção para o aumento do número de casos e afirmou que alguns progressos foram obtidos nos últimos anos, pincipalmente em torno da divulgação de informações e conscientização. Na área das terapias ela ponderou que ainda somos muito carentes e lembrou a importância do acesso precoce ao diagnóstico e tratamento, capaz de assegurar independência e autonomia às pessoas portadoras do autismo.

Histórico – O autismo faz parte de um grupo de desordens do cérebro chamado de transtorno invasivo do desenvolvimento (TID), também conhecido como transtorno global do desenvolvimento (TGD), que pode se manifestar em vários níveis, desde casos com sérios comprometimentos do cérebro a outros menos graves, com diversas habilidades mentais, como a Síndrome de Asperger, atribuída a gênios como Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Mozart e Einstein.

Descrito pela primeira vez em 1943, somente 50 anos depois foi incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID 10) da Organização Mundial da Saúde como um transtorno invasivo do desenvolvimento. A condição clínica é determinada por uma configuração neuropsicobiológica, que tem como resultado dificuldades na interação social, no desenvolvimento da linguagem e na abertura para interesses do mundo ao redor. Atualmente diversos tratamentos podem melhorar sensivelmente a qualidade de vida das pessoas portadoras de autismo, afetando a maneira como se comunicam e interagem.

No Brasil grupos e movimentos lutam para alertar as autoridades e governantes para a criação de políticas de saúde pública voltadas ao diagnóstico e tratamento do autismo, além de apoiar e subsidiar pesquisas na área. Somente o diagnóstico precoce e a consequente intervenção imediata pode oferecer mais qualidade de vida às pessoas atingidas pela síndrome.

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