Banco Japonês Alerta Sanepar que Pode Interromper o Paranasan

09/06/2005 16h29 | por Jornalista Miguel de Andrade
O Japan Bank for Internacional Cooperation, instituição financeira japonesa que financia o programa ParanaSan, fez duras advertências à Sanepar para que proceda as contratações das consultorias e o gerenciamento do programa, para que seja garantido o financiamento para a finalização das obras. Os recursos chegam US$ 392 milhões.O assunto foi abordado ontem novamente pela bancada de Oposição da Assembléia, que já havia alertado esta semana para a gravidade do problema. O deputado Durval Amaral (PFL), explicou que as consultorias de gerenciamento externo e supervisão são pré-condições exigidas pelo banco japonês para este tipo de financiamento, para garantir uma fiscalização isenta. “Em 14 de maio de 2003, o banco cobrou da Sanepar as consultorias e alertou que o não cumprimento poderia incorrer numa eventual suspensão das obras”, avisou Amaral. Mas nem isso sensibilizou a Sanepar. Em novo comunicado datado de 6 de maio deste ano, de acordo com Amaral, o banco continuava ainda no aguardo de uma resposta. “Por que criar todos esses obstáculos para que haja uma supervisão externa? Será que a Sanepar não gostaria ela mesma de fiscalizar ou quem sabe contratar outras empresas mais próximas do governo do estado ou da Sanepar para beneficiar uns e outros?”, questionou Amaral. De acordo com o deputado, talvez só isso possa justificar a demora, porque quem mora na vila ou no bairro que não tem água encanada ou onde o esgoto está correndo a céu aberto não entende quando mais de U$ 300 milhões estão à disposição para trazer água e fazer saneamento básico para a população. “Como se posicionar contra um empréstimo firmado em dezembro de 1998 com juros anuais de 1,8%, com 7 anos de carência e com 25 anos para pagar?”, pergunta Amaral.“Pai dos pobres”O líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), disse que é importante que o cidadão que mora da Região Metropolitana Curitiba e nos bairros mais pobres da capital, saiba que são 392 milhões de dólares que poderiam estar sendo investidos nestas regiões. “Muitos dos que se julgam ‘pai dos pobres’ estão deixando este dinheiro lá parado. Como é que um governante, sabendo da situação precária da região metropolitana, deixa uma situação destas perdurar”, questionou Rossoni.Várias obras do ParanaSan já estão perto da fase de conclusão. As obras que podem ser afetadas com a falta de interesse do governo do Estado contemplariam cidades da região metropolitana de Curitiba e a própria capital, beneficiando milhões de pessoas.“Você que mora perto de uma valeta a céu aberto deve saber que o Paraná tem à sua disposição 392 milhões de dólares para obras de saneamento deixado pelo governo anterior, que o atual governo não usa”, insistiu Rossoni.DefesaO único parlamentar que veio em defesa do governo foi o deputado Antônio Anibelli (PMDB). “Nós estamos apenas aguardando o parecer do Tribunal de Contas para ser usado legalmente o dinheiro para podermos fazer o esgoto”, afirmou. Para Durval Amaral, trata-se de mais uma desculpa incoerente. “O governo já vai para o final, leva três anos, a passo de tartaruga, para chegar agora com a conclusão de que precisa consultar o TC. É muita incompetência junta, para prejudicar o próprio governador Roberto Requião”, analisou.

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