Bom senso é a arma contra conflitos para quem vive em condomínios O programa Assembleia Entrevista desta semana traz um especialista que esclarece dúvidas e explica o que é mais importante para viver bem em condomínio, local escolhido por 40% da população brasileira para morar.

21/12/2022 10h23 | por Claudia Ribeiro
Vida em condomínio é o tema do Assembleia Entrevista desta semana com o especialista Heros Holub Sandano.

Vida em condomínio é o tema do Assembleia Entrevista desta semana com o especialista Heros Holub Sandano.Créditos: Orlando Kissner/Alep

Vida em condomínio é o tema do Assembleia Entrevista desta semana com o especialista Heros Holub Sandano.

Viver em condomínio tem mais vantagens do que desvantagens, avaliam os especialistas, afinal, o morador conta com segurança, áreas comuns que podem incluir lazer para as crianças, academia, salões de festa, churrasqueiras e até área para pets. Mas a vida em condomínio tem lá seus desafios. Esse é o tema do programa Assembleia Entrevista, que vai ao ar nesta quinta-feira (22), com reprises durante a programação da TV Assembleia. O economista Heros Holub Sandano, corretor de seguros e expert em condomínios, falou sobre direitos e deveres de quem escolheu viver numa propriedade coletiva. “Todo condomínio tem regras que precisam ser respeitadas. Por exemplo, a hora de fazer silêncio, o respeito às áreas delimitadas. Bom senso e espírito fraterno devem prevalecer para uma boa convivência”, descreveu.

Só em Curitiba, são mais de 15 mil condomínios onde vivem mais de 700 mil pessoas. De acordo com a Associação Brasileira de Síndicos Profissionais, no Brasil são 700 mil condomínios, e quase 70 milhões de moradores; o equivalente a quase um terço da população, ou 40% dela.  

O especialista lembra que algumas dicas devem ser seguidas antes de se instalar em um local onde vivem muitas pessoas. Ler a convenção do condomínio é uma delas. “Tem que ter tolerância, empatia para não gerar conflitos, nem danos materiais aos vizinhos”, assinala.  

Vida de síndico

Gerir um condomínio é uma tarefa árdua, porque tudo que acontece lá dentro é responsabilidade do síndico. “Além disso, ele vai precisar mediar conflitos. Por isso, a importância de que seja um síndico experiente”, sugere Heros. O movimento de síndicos profissionais é relativamente novo no Paraná. Surgiu há cerca de uma década. “Você não diz que um síndico profissional é aquele formado ou que tem MBA em administração, por exemplo. Ele precisa ter uma capacitação, uma vivência. Essa gestão, no médio e no longo prazo, vai ter resultados, inclusive com redução de custos. E não importa se o síndico é profissional ou morador. Conheço bons síndicos moradores”.

Para Heros Sandano, a pandemia agravou os problemas dentro dos condomínios, em razão da alta da violência doméstica, o que evidenciou mais um problema para os síndicos. Na opinião dele, estes profissionais não podem ser responsabilizados por tudo, já que garantir a segurança e punir os moradores que cometem infrações ou até mesmo crimes dentro de casa é também obrigação do poder público.

Legislação

O Paraná conta com duas legislações que tratam justamente da falta de bom senso dentro dos condomínios. Uma de 2020 que diz que “cabe ao condomínio comunicar à polícia em caso de riscos de violência” e outra de 2003, que “proíbe a discriminação ou constrangimento dos trabalhadores de condomínios”. “Temos sim responsabilidades, mas em alguns casos, que ocorrem dentro do condomínio, fica difícil mediar. A nossa obrigação é denunciar, chamar a polícia. E não, resolver todos os conflitos”, ressalta. “Tenho condomínios com ações judiciais que já duram anos. É difícil, porque as pessoas continuam morando no mesmo local. O que precisa é de política pública para amenizar essas dificuldades”, complementa.

De acordo com o economista, há necessidade de um olhar mais diferenciado para os condomínios, mas enquanto isso não acontece, está surgindo uma Frente Condominial do Paraná, formada pela sociedade civil para articular ações junto aos órgãos municipais, estaduais e federais que ofereçam soluções mais adequadas a estes locais.

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