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Comissão Especial da Assembléia Avaliará Invasão de Fazendas

Para: Editoria de Política e ColunasDistribuído em 12/04/06Jornalista: Carlos SouzaO deputado estadual Élio Rusch (PFL) apresentou requerimento para que a Assembléia Legislativa forme uma Comissão Especial para levantar dados e informações sobre a situação em que se encontram algumas fazendas invadidas no Estado. O trabalho, que terá a participação de sete parlamentares, pretende ouvir proprietários e invasores na busca de uma solução para os conflitos existentes no campo.“O Poder Legislativo não pode ficar ausente dessa discussão. Por isso, estamos pedindo para verificar a situação in loco, com o objetivo de auxiliar os dois lados”, explicou Rusch. “Pretendemos agendar visitas em algumas fazendas do Estado, em diversas regiões”, acrescentou o deputado, destacando que as primeiras visitas serão feitas nas fazendas Boito, no município de Matelândia, Refopas e Kelli, ambas em Cascavel, e invadidas por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Além disso, será feita uma visita à fazenda da empresa Syngenta, na cidade de Santa Tereza do Oeste, conhecida como área experimental e de pesquisa no plantio de soja transgênica, que foi invadida pelo Movimento Via Campesina.“Hoje, são dezenas as fazendas invadidas no Estado e, isso, pode até originar novas visitas. Contudo, pretendemos fazer um levantamento da situação nessas propriedades, tomando pé da situação, que também é levantada diariamente pela imprensa, e formular um relatório para enviar aos órgãos competentes”, diz Rusch. A princípio, a Comissão Especial terá um prazo de 45 dias para realizar o trabalho. De acordo com o deputado pefelista, há muita irresponsabilidade na condução da questão agrária. “O Governo Federal diz contar com recursos para desapropriar terras, mas o próprio Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) afirma que o Paraná não dispõe de terras para compra”, observa Rusch, lembrando que essa conclusão já havia sido apresentada no relatório da Comissão Especial de Inquérito da Questão Agrária, votado e aprovado no fim do ano passado pelos deputados na Assembléia Legislativa.RESPEITO – Rusch destaca ainda que diversos empresários do agronegócio e associações que representam produtores de sementes e mudas entram em contato para que haja garantia de proteção policial aos bens, fazendas e laboratórios de pesquisa que, segundo eles, estão sob ameaça de invasões de movimentos agrários e sociais. “Há um certo temor no campo, já que muitas fazendas estão sendo alvos de destruição. Simpatizamos e até entendemos as reivindicações de muitos desses movimentos, mas há o limite da lei que protege a propriedade privada”, destacada o deputado.
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