Correção de provas do 1º Concurso de Redação da Alep aponta caminhos para a nota máxima no Enem Um mutirão de avaliadores deu início à correção das mais de 50 mil redações participantes do certame. Resultados devem ser anunciados em outubro.

05/09/2016 14h36 | por Nádia Fontana
Correção das provas do 1º Concurso de Redação da Alep.

Correção das provas do 1º Concurso de Redação da Alep.Créditos: Carolina Prestes

Correção das provas do 1º Concurso de Redação da Alep.


O que fazer para obter a nota 1000, a pontuação máxima na redação do Enem? A resposta dessa pergunta feita por muitos estudantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio de 2016 pode estar na correção dos textos dos alunos que participam do 1º Concurso de Redação promovido pela Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), em parceria com o projeto Eureka, a Secretaria de Estado da Educação (SEED) e o Centro Universitário Internacional (Uninter).

No processo de avaliação, iniciado com um mutirão no último sábado (3), os corretores já identificaram pontos que frequentemente eliminam os candidatos. Um deles é a fuga do tema proposto para a redação; outro é não saber como desenvolver uma argumentação correta. “É fundamental respeitar também a norma culta da nossa língua e citar informações que sustentem a tese do autor, de forma coerente e coesa”, acrescentou o professor Marlus Geronasso, do Eureka, que coordenou mais essa etapa do concurso que envolve quase uma centena de avaliadores voluntários.

“É uma alegria poder contar com o apoio da iniciativa privada, que assim como a Assembleia, entende a importância de oferecer mais oportunidades aos alunos da rede pública”, voltou a afirmar o presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), ao agradecer o empenho dos voluntários na correção das redações. Segundo ele, quem ganha são os alunos da rede pública de ensino, que estão recebendo um apoio bem especial na preparação para o Enem. “Estamos assumindo nossa responsabilidade como professores”, disse Dinamara Machado, diretora da Escola Superior de Educação da Uninter, entusiasmada com o mutirão. Ela destacou a importância do projeto desenvolvido pela Alep em conjunto com a iniciativa privada: “É fundamental democratizar o ensino. Por isso, nossa universidade não poderia deixar de participar desse projeto. Até pouco tempo 6% da população tinha acesso ao ensino superior. Hoje esse índice já ultrapassa a 18%”, frisou. A referência feita pela professora é decorrente do fato de que hoje o Enem é a grande porta de entrada para a universidade de uma parcela significativa da população.

Voluntários – “Responsabilidade” foi uma das palavras mais citada pelos avaliadores que voluntariamente engrossaram o mutirão. Eles vão corrigir 50 mil redações elaboradas por estudantes de 132 escolas da rede pública do estado. “Considero a experiência ótima. Propicia-nos a oportunidade de avaliar qual é a situação desses jovens estudantes, reforçando a nossa responsabilidade como professores”, disse Lia Mara de Souza Silva. Segundo ela, alguns dos textos corrigidos demonstravam “defasagem de informações e conteúdo fraco”. “Ao participar desse concurso o estudante está tendo a oportunidade de um treinamento e pode corrigir suas falhas”, acrescentou.

“Os alunos demonstram ainda que têm muitas dificuldades para escrever. Eles precisam ler mais. Isso ajuda na argumentação”, sugeriu Daiane Martins Batista, animada com a oportunidade de participar do projeto. Para ela, essa experiência permite vivenciar a realidade dos jovens de um universo bem amplo. “Por isso escolhi participar. O professor tem responsabilidades com o ensino. ”

“O estudante vai identificar os pontos positivos e os que precisam ser melhorados no texto”, acredita Gilberto Rineldi da Silva, monitor da Uninter, que também optou por deixar o lazer do sábado de lado e fazer parte da banca de correção. “É importante conhecer um projeto como esse que valoriza o ensino público. E ainda agrega conhecimento a todos os envolvidos”, acrescentou. Já Fábio Simplício, além de citar a responsabilidade que o projeto impõe, classificou a experiência como “muito gratificante”. “Estamos fazendo parte de um projeto de ensino inovador”, observou. Sobre as redações corrigidas apontou dados interessantes: “A linguagem da internet acaba aparecendo nos textos e isso prejudica os estudantes na hora de argumentar. Eles precisam ler mais para conseguir expor com clareza todas as ideias”, completou.

Problemas – Novo mutirão para mais uma etapa de correções está marcado para o dia 17 de setembro. Conforme o professor Marlus, na prova de redação do Enem os estudantes sempre demonstram dificuldades: “A argumentação é o maior problema. As poucas notas máximas alcançadas nas redações dos dois últimos anos no Enem preocupam.” Ele cita como exemplo o ano de 2014, quando mais de seis milhões de estudantes se inscreveram para a prova e somente 250 obtiveram a nota máxima. Já em 2015, “foram apenas 104 estudantes, num universo de 5,8 milhões”, recordou.

O resultado do 1º Concurso de Redação da Alep será divulgado em outubro próximo. O tema proposto para a redação foi: “Como o cidadão pode participar de maneira efetiva das discussões e da elaboração de projetos de lei na Assembleia Legislativa do Paraná?”. Os autores das redações selecionadas participarão de uma sessão plenária na Assembleia Legislativa e ainda terão os textos expostos no Espaço Cultural da Casa. Todas as redações, devidamente corrigidas, serão devolvidas às escolas para que os alunos possam avaliar o desempenho e dedicar-se a superar as dificuldades.

Vídeo-aulas – Este é o segundo ano consecutivo em que a Assembleia, o Eureka e a SEED trabalham em conjunto na preparação para o Enem e concursos vestibulares. Em 2015, foram transmitidas 364 aulas para alunos de todo o Paraná pela TV Assembleia e pelo site oficial da instituição. Todo o material está disponível no site “Assembleia no Enem” (http://www.alep.pr.gov.br/enem2016/). Em Curitiba são 100 mil inscritos para as provas do Enem. No Paraná o número atinge a marca de 454 mil inscritos e no Brasil são 8,6 milhões, tornando o Enem 2016 o maior da história. As provas do Enem ocorrem nos dias 5 e 6 de novembro.

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