A CPI dos Caixas Eletrônicos recebeu nesta quarta-feira (23), na sala das Comissões da Assembleia Legislativa, o assessor de Segurança da Diretoria de Negócios e Operações da Febraban, Carlos Campos, e o gerente de Segurança do HSBC e consultor da Febraban, Loridan Angelo Baroni Júnior. Presidida pelo deputado Felipe Francischini (SD), a Comissão questionou os convidados sobre as ações e medidas que as instituições bancárias brasileiras estão tomando para combater e diminuir o número de assaltos a bancos e os ataques a caixas eletrônicos.
Segundo o assessor da Febraban, Carlos Campos, apesar do investimento que os bancos têm feito para aumentar a segurança nas agências, às medidas não têm sido eficientes. “Somente a integração entre bancos, secretarias de segurança e a sociedade poderia mudar a realidade atual”. Campos afirmou que mudanças na legislação, tornando mais severas as penas impostas para quem utiliza explosivo, poderia diminuir o número de ataques a caixas eletrônicos.
Para o consultor Loridan Baroni, infelizmente as medidas tecnológicas e funcionais adotadas atualmente, como o dispositivo de fumaça, de tinta, a diminuição do bocal do caixa, a redução dos horários de funcionamento e a quantidade de dinheiro disponível nos caixas, não têm sido obstáculo para a criatividade dos bandidos. “Quanto mais robusto for o sistema de segurança instalado nas agências ou nos caixas eletrônicos, maior será a violência do ataque sofrido”, afirmou Baroni.
Os representantes da Febraban também foram questionados sobre os valores investidos pelas instituições financeiras em prevenção e segurança, e quanto à responsabilidade dos bancos em relação a terceirização dos serviços bancários para as agências lotéricas. As questões que não puderam ser esclarecidas nessa reunião serão abordadas no próximo encontro da CPI.
Participaram da reunião da CPI dos caixas eletrônicos, presidida pelo deputado Felipe Francischini (SD), os deputados Missionário Ricardo Arruda (PSC), Adelino Ribeiro (PSL) e Anibelli Neto (PMDB).