O Instituto Nacional do Câncer (INCA) divulgou essa semana (27/11) um estudo que traz dados reveladores sobre o Câncer, doença que mata cerca de 140 mil brasileiros todos os anos. De acordo com o trabalho, intitulado “Situação do Câncer no Brasil, uma análise comentada da doença no país”, em 2004, a mortalidade relacionada ao câncer representou 13,7% de todos os óbitos registrados no país, ficando atrás apenas das doenças do aparelho circulatório, com 27,9%. A publicação mostra ainda a evolução das taxas de mortalidade por câncer de 1979 a 2004. Entre os homens a taxa de mortalidade por tumores de próstata foi a que mais aumentou nesse período, 95,48%, passando de 7,08 para 13,84 óbitos por 100 mil homens. Entre as mulheres, a taxa de mortalidade por neoplasias de pulmão foi a que mais cresceu, 96,95% (passou de 3,61 óbitos por 100 mil mulheres para 7,11 óbitos por 100 mil mulheres).Para a deputada estadual Cida Borghetti (PP), que tem três projetos relacionados ao combate, prevenção e tratamento do Câncer, outro dado que reforça a necessidade das campanhas de esclarecimento diz respeito ao diagnóstico do Câncer de Mama. De acordo a pesquisa realizada pelo INCA, de 1999 a 2003, apenas 3,35% dos casos de Câncer de Mama foram diagnosticados em estágio inicial, enquanto que a grande maioria, 46,20%, em estágio avançado. “Esses dados reforçam a importância da nossa luta para conscientizar as mulheres sobre o perigo da doença e a necessidade de fazer o diagnóstico precoce” afirma a deputada, que essa semana lançou uma cartilha sobre o câncer de mama, na Assembléia Legislativa, que está sendo distribuída em várias cidades do Estado. “É importantes que cada um faça a sua parte, os educadores, a imprensa, os políticos e o cidadão em geral, todos tem o dever passar a informação adiante para que seja possível a redução dos índices de mortalidade”, defende Cida Borghetti.. O Paraná registra cerca de 500 óbitos por ano em decorrência do Câncer de Mama, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. Para o diretor geral do INCA, Luiz Antonio Santini “O grande desafio para o controle do câncer no Brasil está no campo da mobilização social. É preciso garantir a articulação de políticas de saúde com políticas de educação, rompendo preconceitos e quebrando o paradigma de que o câncer é sinônimo de morteLEISCida Borghetti é autora da lei que instituiu a data 27 de novembro como dia de luta contra o câncer de mama, e também, 6 de dezembro, como dia luta contra o câncer de próstata. As duas leis, já em vigor, determinam que o poder público realize campanhas, exames e outras ações visando a redução dos índices de mortalidade por câncer. Outro projeto da deputada, estabelece o rastreamento dos casos de câncer colo retal na rede pública de saúde. “É uma forma de procurar diagnosticar esse tipo de câncer em fases iniciais evitando sofrimento para o paciente e gastos desnecessários do Sistema de Saúde com tratamentos mais complexos”, explica Cida Borghetti".