Os depoimentos do ex-diretor do DER Paulinho Dalmaz e do presidente da Federação das Empresas Transportadoras do Estado do Paraná (Fetranspar), Anselmo Trombini, apresentaram um ponto em comum, ambos sugerem a redução dos impostos para baixar a tarifa do pedágio. Os dois foram ouvidos na terça-feira à noite pela Comissão Especial de Investigação do Pedágio da Assembléia Legislativa.O presidente da CEI, deputado Fabio Camargo (PTB), discorda das teses e insiste que deve ser verificado o aumento do fluxo de veículos nas rodovias pedagiadas. “O cálculo da tarifa foi feito na época para um determinado fluxo. De lá para cá, o número de usuários subiu demais e as tarifas em determinados pontos chegaram a quadruplicar, nada justifica esses aumentos”, diz Camargo.O relator da comissão, deputado Plauto Miró (DEM), insistiu com os depoentes para que eles apresentassem sugestões para que fossem baixadas as tarifas. Tanto Dalmaz quanto Trombini lembraram que o que é pago pelos usuários hoje nas estradas, 20% são impostos. “É uma bitributação, uma vez que já pagamos a CIDE, o IPVA e outros tributos”, disse o presidente da Fetranspar.A sessão foi presidida pelo deputado Carli Filho (PSB), questionou sobre a realização das obras. “É importante que o governo fiscalize se as concessionárias estão cumprindo os contratos e realizando obras. Sabemos que mais caro que a tarifa, é trafegar por estradas esburacadas”, afirmou Carli.O deputado Kleiton Kielse (PMDB), vice-presidente da CEI, questionou sobre os pontos dos contratos que podem levar as concessionárias a renegociar as tarifas. “O DER precisa descobrir o meio de negociação, para que as concessionárias passem a pensar também nos usuários, não apenas nos lucros”, disse o parlamentar.A próxima reunião está marcada para quarta-feira da semana que vem. Será convidado o professor Belmiro Castor Valverde, autor de um estudo completo sobre a viabilidade do pedágio no Paraná.