Deputada protesta contra a exploração do gás de xisto por meio do fraturamento hidráulico de rochas

18/08/2015 14h13 | por Assessoria de Imprensa, com colaboração de Guilherme de Resende Gomes.
Deputada Cristina Silvestri (PPS).

Deputada Cristina Silvestri (PPS).Créditos: Pedro de Oliveira/Alep

Deputada Cristina Silvestri (PPS).

Com o objetivo de ampliar o movimento de combate à exploração do gás de xisto por meio de fraturamento hidráulico das rochas (“fracking”), a deputada Cristina Silvestri (PPS) defende a criação de leis municipais que proíbam o método e a promoção de campanhas de conscientização sobre os danos causados por este método de exploração à agricultura, ao meio ambiente e à sociedade.
O risco do avanço do “fracking” no Paraná e no Brasil se intensificou nos últimos dias, como lembrou a deputada, com o anúncio de que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) realizará, em outubro, uma nova rodada de licitações para a exploração do gás, por meio de faturamento hidráulico. Segundo o deputado Rasca Rodrigues (PV), coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista da Assembleia Legislativa, o número de municípios afetados chega a 145 – dos quais 22 municípios no Paraná, inclusive Guarapuava.
O “fracking” – A extração do gás de xisto ocorre por meio de uma técnica de fraturamento hidráulico de rochas subterrâneas com utilização de água, areia e produtos químicos. A técnica consiste na perfuração do solo por meio de uma tubulação, onde são injetados de 7 a 15 milhões de litros de água e mais de 600 tipos de produtos químicos (inclusive substâncias cancerígenas). A grande quantidade de água é usada para explosão das rochas, e os produtos químicos são usados para mantê-las abertas para a passagem do gás. Além da alta contaminação subterrânea, cerca de 15% da água poluída com os resíduos tóxicos retornam à superfície, formando piscinões a céu aberto.
Destruição – Cristina Silvestri chama atenção para os prejuízos causados à produção agrícola, aos recursos hídricos, à degradação do solo e à poluição atmosférica. Segundo ela, vários países já foram duramente afetados, com contaminação de reservas de água e poluição do solo com produtos altamente tóxicos, causando enchentes, eliminação da biodiversidade e até terremotos. Estudos apontam que o alcance da contaminação chega a 800 quilômetros do entorno do poço perfurado com o “fracking”.
“Não podemos permitir que acabem com o solo mais fértil do Paraná, que contaminem o Aquífero Guarani, que abastece mais de 1,5 milhões de paranaenses”, afirmou a parlamentar, para acrescentar: “Com a contaminação do solo e da água, a produção agrícola é fortemente afetada, causando, em um curto espaço de tempo, a destruição das condições de sustentabilidade local e regional e um grave impacto para a economia.”

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