Desde que assumiu a presidência da Comissão de Minas, Energia e Água da Assembleia Legislativa, em fevereiro deste ano, o deputado estadual Luis Corti (PSB) tem se dedicado a ouvir o setor produtivo e elaborar propostas para reduzir as constantes quedas de energia elétrica que afetam o campo. O problema traz prejuízos e tem impacto direto no desenvolvimento de diversas cadeias produtivas, sobretudo do leite e do frango.
Além de promover quatro audiências públicas nas cidades de Laranjeiras do Sul, Francisco Beltrão, Curitiba e Quedas do Iguaçu, o parlamentar também está elaborando uma proposta para facilitar a modernização e adequação da rede elétrica de pequenos produtores e agroindústrias.
“Estamos lutando pela criação de linha de crédito específica, com juros subsidiados, para auxiliar o produtor na troca de sua rede elétrica instalada. Com isso, será possível aumentar a carga elétrica fornecida pela Copel a um nível adequado, evitando as quedas e deixando tudo em conformidade com as necessidades da atividade produtiva”, destacou o deputado.
Nesta semana, Luis Corti apresentou a demanda ao diretor-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves, em Curitiba. A instituição, cujo maior acionista é o governo estadual, tem sido responsável pelo apoio financeiro a iniciativas de modernização de pequenas e médias empresas. Vocacionada para a área urbana, a partir de setembro a Fomento deve expandir ainda mais a sua atuação para auxiliar produtores rurais.
“Junto com a Fomento Paraná, vamos criar um grupo de trabalho, convidando também representantes da Copel, da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento e do setor produtivo, para desenhar essa proposta. Mais um passo dado para favorecer o desenvolvimento do campo no Paraná”, enfatizou Corti.
Paraná Trifásico
Em contrapartida, a Copel também tem dedicado esforços para reduzir os índices de quedas de energia no campo. A companhia colocou em prática o maior programa de eletrificação rural do país, com a meta de instalar 25 mil km de redes trifaseadas no Estado até 2025.
Pelo menos metade deste objetivo já foi alcançado este mês, com 12,5 mil km implantados. Ao todo, o investimento chegará a R$ 2,8 bilhões.
“As novas linhas trazem mais estabilidade e segurança na transmissão e também facilitam o processo de manutenção, evitando possíveis quedas”, ressalta o deputado.