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Deputado Durval Amaral (dem)

Com um discurso emocionado, o deputado estadual Durval Amaral (DEM) anunciou na tarde desta quarta-feira (02) que não vai concorrer à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas nos moldes como a disputa está sendo conduzida.“Não posso legitimar um processo que na minha convicção está viciado. Não tenho condições de igualdade. Meu concorrente é o governador Roberto Requião. Não é uma disputa entre eu e meus pares”, justificou.“É difícil ouvir de um deputado que se o voto fosse secreto votaria em mim, mas sendo aberto ficará difícil. A votação aberta para escolha de um membro do Tribunal de Contas é inconstitucional e antidemocrática, pois o parlamentar vota na condição de eleitor e o cidadão deve votar sem que haja qualquer pressão. Nesse caso, o resultado é previsível: o eleitor não vai escolher o que é melhor para o Estado, para o Parlamento, e sim o que é bom para o governador”, completou.Amaral lamentou o fato de a Assembléia abrir mão de uma prerrogativa, que é a de indicar o conselheiro do TC. “Um deputado me disse que se essa vaga for para o irmão do governador, quando vir um novo governo virá um novo irmão e assim a Assembléia nunca mais vai se fazer valer. Vou continuar sonhando. Eu sonho que um dia a Assembléia possa dizer não. O que é prerrogativa da Assembléia nós não abrimos mão”, disse. O deputado acenou para a possibilidade de disputar, no futuro, a indicação para uma nova vaga de conselheiro, mas advertiu que a postura dos parlamentares terá que mudar. “Não é uma crítica ao governo nem ao Maurício Requião, mas uma posição de preservar a Assembléia e não constranger meus amigos. Quem sabe um dia, quem sabe até nesse processo ainda, possa ser o indicado. Estarei à disposição”. “A candidatura do deputado Durval Amaral não é um instrumento da Oposição. Ou eu sou um candidato do conjunto da Assembléia Legislativa para representar a Assembléia e a sociedade como conselheiro, ou então não valerá a pena”, concluiu.AÇÃOOs advogados da Liderança da Oposição na Assembléia decidiram entrar com uma ação popular para anular o edital de convocação de candidatos à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas. Alegam que o edital está incompleto e não é transparente. A Oposição pretende, com a ação, que o edital seja republicado e com isso adiar a escolha do novo conselheiro do TC. “É o caso de impetrar uma ação popular porque é o interesse público que está sendo lesado, e não o interesse subjetivo do parlamentar”, informou o advogado Luis Fernando Pereira.
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